Política Nacional

Para vice-líder do governo, base precisa de ‘força’ para aprovar CPMF

Paulo Teixeira (PT-SP) se reuniu nesta terça com ministro no Planalto.
Ele disse que carta da OAB e da CNI com críticas a Dilma é ‘legítima’.


O vice-líder do governo na Câmara, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), afirmou nesta terça-feira (19) no Palácio do Planalto que a recriação da CPMF é “fundamental”, mas, para ele, a base aliada ao governo na Casa precisa de “mais força” para conseguir aprovar o novo imposto.

Tida como uma das medidas econômicas que garantirão o reequilíbrio das contas públicas, a recriação da CPMF foi proposta pelo governo no ano passado. Ao votar o Orçamento deste ano, os parlamentares aprovaram o texto com as estimativas de arrecadação da contribuição. Para ser criado, contudo, o novo tributo ainda precisa ser aprovado no Legislativo.

“Acho que a CPMF é fundamental para o reequilíbrio das contas públicas, mas ela também deve ser discutida no contexto da reforma de outros impostos. […] Eu acho que este contexto tem de ser o debate sobre a criação de novos impostos, quer dizer, não só criar, mas, também, revisar impostos já existentes”, declarou o petista após se reunir com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.

“É claro que o momento deste debate deve ser um outro momento, um momento de recuperação, um momento de maior força na base aliada. Então, você só pode enfrentar este debate na hora que tiver mais força para fazê-lo”, acrescentou o vice líder nesta terça.

Entidades criticam política econômica

Sobre a nota divulgada mais cedo por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) com críticas à condução da política econômica pela presidente Dilma Rousseff, Paulo Teixeira disse que a preocupação dessas instituições é “legítima”.

No documento, OAB e CNI, além da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), dizem que o equilíbrio das contas públicas será encontrado com cortes de despesas e com incremento da atividade econômica, por meio da redução dos juros e o estímulo à atividade produtiva.

“As entidades que subscrevem esse manifesto vêm apresentar a sua firme convicção no sentido de que falta legitimidade política para a Presidência da República propor medidas que aumentem a carga tributária no Brasil, seja criando a CPMF ou aumentando a alíquotas dos tributos existentes”, afirmaram as entidades na nota.

“Esta opinião da OAB e da CNI é uma opinião que tem de ser ouvida. A criação de um novo imposto tem de ser pensada no contexto do debate de uma reforma tributária na qual você possa rever alguns outros impostos. Acho que a preocupação da OAB e da CNI é legítima e que nós temos de pensar que, se for necessário criar um novo imposto, que ele não aumente a carga tributária”, comentou Paulo Teixeira no Planalto.


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