Política Nacional

PF investiga citação a Henrique Alves em mensagens de Cunha a ex-OAS

As mensagens trocadas entre os dois foram apreendidas no celular do ex-dirigente da empreiteira e fazem parte das investigações da Operação Lava Jato, na qual Cunha foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suposto envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras.


Na série de mensagens trocadas entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro, de 2012 a 2014, o deputado aparece, em várias ocasiões, pedindo ao empreiteiro repasse de dinheiro para o atual ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

As mensagens trocadas entre os dois foram apreendidas no celular do ex-dirigente da empreiteira e fazem parte das investigações da Operação Lava Jato, na qual Cunha foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suposto envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

Em nota, Cunha disse que “jamais recebeu qualquer vantagem indevida de quem quer que seja” e desafiou a provarem o contrário

Também em nota, Henrique Eduardo Alves ressaltou que as doações que recebeu da OAS foram legais e estão disponíveis no site do TSE (leia mais ao final desta reportagem).

Em uma das conversas, registrada em 14 de agosto de 2012, Cunha usa de ironia para se queixar ao empreiteiro que não recebeu um repasse de dinheiro. Na mensagem, ele menciona o nome “Henrique”, que os investigadores acreditam se tratar do atual ministro do Turismo, que presidiu a Câmara entre 2013 e 2014. “Vc resolveu só metade Henrique ontem, esqueceu de mim? Rsrs”, escreveu Eduardo Cunha.

Já no dia 11 de setembro de 2012, Cunha volta a citar o nome “Henrique” em outra mensagem. “Na programação sua Henrique e minha estaria ontem completando 500 que não foi feito. Mudou algo?”

Logo depois, o empresário nega que a programação tenha sido alterada e Cunha rebate: “Não entrou e era programado para ontem.” Em outra mensagem, datada de 15 de outubro de 2012, o presidente da Câmara volta a cobrar Léo Pinheiro sobre um suposto repasse de doação a “Henrique”, apontado pela PF como sendo o atual ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves.


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