Política Nacional

Por sobrevivência, partidos apostam no fortalecimento de bancadas federais

Expectativa de renovação do Congresso é a menor em 28 anos


Com a consolidação da obrigatoriedade da cláusula de desempenho na minirreforma eleitoral aprovada em 2017, os partidos agora concentram seus esforços em eleger boas bancadas na Câmara dos Deputados e seguir com acesso ao fundo partidário e ao tempo na propaganda eleitoral.

Atualmente, a legislação eleitoral exige que os partidos consigam eleger pelo menos 1,5% de deputados em nível nacional e 1% de candidatos diplomados em nove estados da Federação. Apesar de ser um número baixo, essa foi a saída encontrada pelos partidos para conseguirem se adaptar à nova regra, uma vez que um ano era um período curto demais para executar a norma.

Além disso, partidos considerados nanicos e que não conseguirem uma bancada maior do que oito deputados ganham sobrevida nesta eleição. A escalada de deputados mínimos será progressiva, chegando à eleição de 2030 com 3% de nomes eleitos.

“Todos os partidos, principalmente os pequenos, precisam sobreviver politicamente. Quem não atingir esta cláusula, não vai ter recursos do fundo, nem acesso ao horário eleitoral. Por isso as siglas estão escolhendo aqueles nomes com densidade eleitoral, para ultrapassar a cláusula e se garantir mesmo que eventualmente os deputados troquem de legenda”, disse o especialista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz.

Nanicos puxam a fila
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições deste ano serão mais de 8 mil nomes disputando as 513 cadeiras disponíveis na Câmara. O ranking de legendas que vão lançar deputados é liderada pelo PSOL, com 530 candidatos, seguida pelo PSL (475); PT (530); Patriotas (356), Avante (353) MDB (334), PRTB (330) e PHS (320).


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