Política Nacional

Proximidade das eleições dificulta aprovação de reformas, diz ministro

As principais dificuldades para aprovar reformas estruturais da economia são a interinidade do governo de Michel Temer e a proximidade das eleições, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marcos Pereira. “Existem quatro reformas urgentes: tributária, trabalhista, previdenciária e política”, disse ele, em evento na Associação Comercial de São Paulo. “Dependem do […]


As principais dificuldades para aprovar reformas estruturais da economia são a interinidade do governo de Michel Temer e a proximidade das eleições, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marcos Pereira.

“Existem quatro reformas urgentes: tributária, trabalhista, previdenciária e política”, disse ele, em evento na Associação Comercial de São Paulo. “Dependem do Congresso Nacional, e nós temos duas agendas que nos impedem de avançar: a própria agenda do impeachment e as eleições”. “O deputado e o senador infelizmente não vão votar reformas chamadas impopulares – e eu não vejo nada de impopular, porque a economia vai destravar e vai avançar”, disse Pereira.

“Eu vou ser sincero e transparente: nós não vamos conseguir avançar essas agendas antes da eleição”, afirmou. “Essas reformas que dependem do Congresso, o governo precisa apresentá-las no máximo até o final de novembro. Precisamos ter coragem para fazer. Se não aprovarmos até o final do primeiro semestre do ano que vem, não vai aprovar nesse governo”, disse.
Ele acrescentou que sua permanência no governo depende do avanço dessas agendas: “se não avançar e se eu perceber que não vai avançar, eu não tenho disposição para continuar no governo. Eu volto para o meu escritório que está me esperando de portas abertas.”

Reformas tributária e trabalhista
Pereira afirmou que a agenda do MDIC tem o objetivo de “facilitar o ambiente de negócios” para o setor produtivo no Brasil. “A grande dificuldade é que as maiores e principais demandas que nós recebemos não são de competência do ministério: reforma trabalhista e reforma tributária.”

Pereira afirmou que, em discussão com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, apontou que a reforma do PIS/Cofins “é o grande temor do setor produtivo”. O ministro diz ter solicitado que “não se eleve a alíquota”, “e segundo que nós tenhamos acesso ao texto que vai ser enviado ao Congresso antes de ser enviado.”


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