Política Nacional

PT tem ‘total autonomia’ para definir posição sobre Cunha diz ministro

Cunha é alvo de processo no Conselho de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro parlamentar – deputados alegam que ele mentiu à CPI da Petrobras ao dizer que não tem contas no exterior. O processo no conselho, caso levado adiante, pode culminar com a cassação do mandato de Cunha. Para isso, pelo menos 257 dos 513 deputados têm que votar para cassá-lo.


O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou que o PT tem “total autonomia” para definir sua posição sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Cunha é alvo de processo no Conselho de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro parlamentar – deputados alegam que ele mentiu à CPI da Petrobras ao dizer que não tem contas no exterior. O processo no conselho, caso levado adiante, pode culminar com a cassação do mandato de Cunha. Para isso, pelo menos 257 dos 513 deputados têm que votar para cassá-lo.

Edinho Silva participou da reunião da coordenação política do governo no Palácio do Planalto e foi perguntado se havia algum tipo de orientação do Palácio do Planalto aos parlamentares petistas sobre como se comportarem no Conselho de Ética em relação a Cunha.

No último dia 19, o conselho marcou sessão para às 9h30 para analisar o relatório preliminar pela continuação do processo de investigação. Houve, porém, atraso dos parlamentares e, às 11h15, a sessão teve de ser suspensa porque Cunha deu início à ordem do dia no Plenário – pelo regimento, as comissões não podem funcionar quando há votações no Plenário – sem que o grupo analisasse o parecer.

O atraso de deputados, entre eles, alguns do PT, foi apontado como opositores de Cunha como estratégia para protelar a análise do parecer. “O governo da presidenta Dilma é formado pelo PT e por outros partidos que formam a coalizão e o PT tem total autonomia para construir suas posições [sobre Cunha] dentro do Legislativo”, afirmou Edinho. “O diálogo do governo da presidenta Dilma com o Legislativo é no sentido de criar uma agenda de interesse para o país, que passa, no momento, pela aprovação das medidas de ajuste para que o país entre na agenda da retomada do crescimento econômico”, completou o ministro.

Edinho avaliou ainda que a sessão do Conselho de Ética destinada a analisar o parecer sobre Eduardo Cunha é “assunto interno do Legislativo”. Ele defendeu que o “interesse do Brasil” é a aprovação das medidas de ajuste e o reequilíbrio fiscal. “Os assuntos internos do Legislativo não são assuntos do governo”, enfatizou o ministro.


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