Política Nacional

Raúl Castro apoia Dilma e diz que Brasil enfrenta ‘golpe parlamentar’

Chancelaria cubana já havia condenado ‘golpe’ após votação da Câmara


O presidente cubano, Raúl Castro, expressou seu apoio à presidente do Brasil Dilma Rousseff, que segundo ele enfrenta um “golpe parlamentar” no país, informa a agência de notícias France Presse. A delcaração foi feita no encerramento do Sétimo Congresso do Partido Comunista (PCC), em que foi reeleito como primeiro-secretário do partido por mais cinco anos.

“Reiteramos a solidariedade de Cuba ao povo brasileiro e à presidente constitucional Dilma Rousseff, que enfrenta um golpe parlamentar”, disse Castro.

No último domingo, a Câmara dos Deputados aprovou, por 367 votos favoráveis contra 137 contrários, o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma, que passou para o Senado. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou nesta terça que a eleição que irá oficializar os nomes indicados pelos blocos partidártios da Casa para a comissão especial do impeachment deve ocorrer na próxima terça-feira (26).

Para Castro, a aprovação da abertura do processo pela Câmara se trata de um golpe “organizado pela direita oligárquica e neoliberal e incentivada pelo imperialismo contra os progressos políticos e econômicos conquistados durante os governos do Partido dos Trabalhadores”.

Nesta segunda, a chancelaria cubana publicou uma nota no jornal oficial Granma em que condenou “energicamente o golpe de estado parlamentar” no Brasil.

Apoio ao Equador
Castro também prestou solidariedade ao seu colega Rafael Correa, presidente do Equador, que foi atingido por um forte terremoto no último sábado que deixou 480 mortos e 2.560 feridos.

“Confirmo o nosso pleno apoio ao povo do Equador, ao presidente Rafael Correa e ao governo da Revolução Cidadã nestas circunstâncias dolorosas”, disse Castro.

Cuba enviou no domingo ao Equador uma equipe médica especializada e uma equipe de socorristas, um contingente que se soma aos mais de 700 médicos e paramédicos cubanos que trabalham no país.

Três médicos cubanos morreram no terremoto, segundo informou o ministério da Saúde de Cuba.


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