Política Nacional

Rejeição de mulheres contra Bolsonaro dificilmente será revertida em 11 dias

54% de rejeição ao deputado devem pesar nesta reta final


Faltando pouco menos de duas semanas para o primeiro turno desta eleição, cresce o movimento de mulheres contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Rejeitado por 54% do segmento, segundo as pesquisas de opinião, dificilmente o deputado terá tempo de reverter a imagem negativa que construiu nos últimos anos.

Pela última pesquisa Ibope, de segunda-feira (24), a rejeição contra Bolsonaro é de 54% entre as mulheres e de 37% entre homens. Nas projeções de primeiro turno, seu eleitorado é composto majoritariamente por homens, já que 21% das entrevistadas afirmam votar no deputado e 35% são homens.

No segundo turno, em disputa contra Fernando Haddad (PT), atualmente segundo colocado, a disparidade é ainda maior, onde apenas 29% das mulheres estão com o candidato do PSL, frente 46% de eleitoras com Haddad. Vale ressaltar que 27% das mulheres não sabem em quem votar, indicando que essa rejeição pode aumentar.“Esse viés contra o Bolsonaro é padrão e tem uma característica de não reversibilidade. Ele está perdido do ponto de vista das mulheres. Acredito que ele, e o grupo que o sustenta, não chegou a entender e dar a dimensão correta da proporção desse voto, que compõe a maioria do eleitorado brasileiro”, disse a socióloga Fátima Pacheco Jordão, lembrando que 52% do universo de eleitores brasileiros é formado por mulheres.

Fundadora do Instituto Patrícia Galvão, organização que trabalha pela defesa dos direitos das mulheres, Fátima observa que o discurso de Bolsonaro e, agora, de seu vice, o general Hamilton Mourão, são construções de uma imagem que não são casuais.Além de réu por crime de incitação ao estupro, o deputado já disse que não vê problema no fato de mulheres terem salários menores do que o de homens. Mourão afirmou, há uma semana, que uma família apenas com mães e avós é uma “fábrica de desajustados”.

Fundadora do Instituto Patrícia Galvão, organização que trabalha pela defesa dos direitos das mulheres, Fátima observa que o discurso de Bolsonaro e, agora, de seu vice, o general Hamilton Mourão, são construções de uma imagem que não são casuais.Além de réu por crime de incitação ao estupro, o deputado já disse que não vê problema no fato de mulheres terem salários menores do que o de homens. Mourão afirmou, há uma semana, que uma família apenas com mães e avós é uma “fábrica de desajustados”.


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