Política Nacional

Sem conseguir aprovar medidas propostas, Barbosa deixa a Fazenda

Após gestão de Levy, Barbosa não ficou nem cinco meses no cargo


Menos de cinco meses depois de chegar ao Ministério da Fazenda, o economista Nelson Barbosa deixa o comando da economia brasileira em razão da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, aprovada pelo Senado.

A exoneração de Barbosa, assinada por Dilma, foi publicada no “Diário Oficial” desta quinta-feira (12), assinada por Dilma. No período em que ficou no cargo, Barbosa não conseguiu aprovar no Congresso nada do que propôs.

Ligado ao PT, Barbosa foi um dos idealizadores da nova matriz econômica, com mais interferência na economia e aumento de gastos públicos para estimular o nível de atividade.

Ele defendeu publicamente, por exemplo, medidas para estimular o Produto Interno Bruto (PIB), para que, só depois, as contas públicas registrassem melhora.

Dívida dos estados e rombo nas contas
Entre as propostas apresentadas por ele estava a renegociação das dívidas dos estados com a União. A medida aliviaria o caixa dos governadores, mas levaria à piora do resultado geral das contas públicas. O projeto para renegociação das dívidas estaduais está parado no Congresso – à espera do resultado do julgamento do Supremo a respeito dos juros incidentes sobre essas dívidas. O STF deu 60 dias para negociação entre estados e o governo federal.

Barbosa também tentou revisar a meta deste ano para o superávit primário, que é a economia que o governo deve fazer para pagar juros da dívida. De uma poupança de R$ 24 bilhões, o ex-ministro queria autorização do Congresso para um rombo de até R$ 96,6 bilhões – o que, em meio à crise política, nem sequer foi avaliado pelo Congresso Nacional.


Deixe seu comentário


Publicidade