Política Nacional

STF veta chapa alternativa; senado pode barrar impeachment

Decisão derruba procedimentos seguidos por Eduardo Cunha no processo


O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a escolha, pelo plenário da Câmara, de deputados não indicados por líderes partidários para a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A decisão deverá ser publicada e lida no plenário do STF nesta sexta-feira (18), mas a validade é imediata. Ao analisar ação do PCdoB que questionava o rito do impeachment, o Supremo decidiu que:

– A comissão especial da Câmara só pode ser formada por indicados por líderes de partidos, sem chapas avulsas.

– A eleição da comissão deve ser por votação aberta.

– A presidente Dilma Rousseff não precisa ser ouvida nessa fase do processo.

– O Senado tem poder para rejeitar o processo, mesmo se ele for autorizado pela Câmara.

Eleição anulada
A decisão do STF invalida a eleição, na semana passada, de uma “chapa alternativa” formada pela oposição para ocupar 39 das 65 vagas da comissão. A decisão contraria um dos principais atos autorizados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar andamento ao caso. Para 7 dos 11 ministros, os deputados não poderiam lançar candidaturas avulsas, por contrariar a vontade dos partidos. “A indicação tem que ser pelos líderes. Você não pode ter o representante de um partido numa comissão eleito pelo plenário”, argumentou o ministro Luís Roberto Barroso, o primeiro a votar nesta direção.

Voto secreto
Por 6 votos a 5, o Supremo também determinou que a eleição dos membros da comissão especial ocorra por votação aberta – o contrário do que ocorreu na eleição da chapa de oposição.


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