Política Nacional

Temer buscará apoio nos estados para ser reeleito presidente do PMDB

Vice-presidente deverá viajar pelo país e conversar com dirigentes da sigla.
Novo presidente do PMDB será eleito em convenção nacional, em março.


Atual presidente nacional do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, deve dar início, ainda neste mês, a uma série de viagens pelo país em busca de apoio de dirigentes estaduais da legenda com o objetivo de ser reconduzido ao cargo pelos próximos dois anos.

O partido marcou para março a convenção nacional da legenda, em Brasília, para, além de eleger a nova direção partidária, discutir a permanência no governo da presidente Dilma Rousseff – alguns peemedebistas, como o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), defendem que o PMDB rompa com o Palácio do Planalto.

Temer ocupa a presidência do PMDB desde 2001. Em 2011, ele se licenciou do cargo e, em julho de 2014, retornou ao posto – ao longo deste período, o senador Valdir Raupp (RO), primeiro-vice-presidente do partido, foi o responsável por comandar os rumos da legenda.

Segundo interlocutores do vice-presidente, o ex-ministro da Aviação Civil e secretário-executivo do PMDB, Eliseu Padilha, um dos principais conselheiros políticos de Temer, deverá ser o responsável por elaborar a programação das viagens do presidente do PMDB pelo país. Em princípio, Temer viajará aos estados com o intuito de avaliar o cenário político e conseguir apoio na sua tentativa de recondução ao cargo.

Na semana passada, após se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, Temer falou rapidamente com jornalistas na saída do Palácio do Planalto, e afirmou que a bancada do PMDB na Câmara não pode se dividir entre governistas e não-governistas.

A bancada da legenda no Congresso, principalmente na Câmara, tem votado de forma dividida desde 2014 – uma parte vota conforme os interesses do Planalto e outra, de maneira contrária, com a oposição.

O presidente eleito do PMDB tem mandato de dois anos e dirige o partido ao lado de três vice-presidentes, três secretários e dois tesoureiros. A legenda também administra a Fundação Ulysses Guimarães, atualmente comandada pelo ex-ministro da Aviação Civil Moreira Franco, um dos principais aliados de Temer no partido.


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