Política Nacional

Temer ‘será o próximo a cair’ se Dilma sofrer ‘golpe’

Nesta segunda-feira (28), Dilma faz os últimos esforços para assegurar, ao menos em parte, o apoio dos ministros peemedebistas contra a ruptura. Ela recebeu no Palácio do Planalto seis dos sete ministros do partido. Ao mesmo tempo, Temer, presidente nacional do PMDB, busca apoio unânime para o rompimento com o governo.


PMDB decidir se deixará ou não a base aliada do Planalto, o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), subiu à tribuna do plenário para dizer que o vice-presidente Michel Temer “será o próximo a cair” caso a presidente Dilma Rousseff sofra o que ele chamou de um “golpe constitucional”.

Nesta segunda-feira (28), Dilma faz os últimos esforços para assegurar, ao menos em parte, o apoio dos ministros peemedebistas contra a ruptura. Ela recebeu no Palácio do Planalto seis dos sete ministros do partido. Ao mesmo tempo, Temer, presidente nacional do PMDB, busca apoio unânime para o rompimento com o governo.

A decisão sobre se o PMDB permanece ou não no governo será tomada em reunião marcada para esta terça-feira (29), em Brasília.

“Não pense que os que hoje saem organizados para pedir ‘Fora, Dilma’ vão às ruas para dizer ‘Fica, Temer’, para defendê-lo. Não. Depois de arrancarem, com um golpe constitucional, a presidenta da cadeira que ela conquistou pelo voto popular, essa gente vai para casa porque estará cumprida a sua vingança e porque não lhe tem apreço algum. E, seguramente, Vossa Excelência [Michel Temer] será o próximo a cair”, afirmou Humberto Costa na sessão desta segunda-feira.

Reunião do PMDB
Humberto Costa classificou como uma “esquizofrenia” o PMDB, partido presidido pelo vice-presidente, se reunir para decidir se fica ou se sair do governo. Segundo ele, isso é “algo impensável em qualquer sistema presidencialista sério do mundo”.

“Não se pode entender uma atitude dessa natureza, senão pelo viés escancarado do oportunismo”, disse.

Em seguida, o senador petista afirmou que espera que as principais lideranças do PMDB tenham “responsabilidade e equilíbrio” durante a reunião da sigla.

“Não quero aqui imaginar que – em desapreço ao papel constitucional que exerce e ao papel institucional que tem como presidente do PMDB – o vice-presidente da República Michel Temer conspurque a própria biografia em uma conspiração para destruir a chapa pela qual se elegeu, ao trabalhar para derrubar a sua titular”, afirmou.


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