Política Nacional

Temer terá apoio ‘absoluto’ do PSDB no Congresso, diz Aécio Neves

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), anunciou, após reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer, que o partido dará apoio “absoluto” no Congresso a um eventual governo do peemedebista no caso da aprovação do impeachment da presidente Dilma Russeff pelo Senado.


O anúncio foi feito pouco depois de Aécio criticar a maneira pela qual está sendo discutida a composição de governo caso Temer assuma a Presidência. Em seguida, acompanhado dos líderes do PSDB na Câmara e no Senado, Aécio entregou a Temer um documento com 15 pontos que a sigla considera importantes para um próximo governo e reiterou que o partido não condicionará o apoio à oferta de cargos na Esplanada.
“Fizemos, portanto, nosso papel institucionalmente. O documento está entregue, nosso apoio congressual será absoluto, mas ele não precisa, do ponto de vista da ocupação de cargos, se preocupar com o PSDB”, afirmou Aécio. Ele ponderou, ainda, que o partido está ciente de que “qualquer apoio gerará desgaste”, mas que o PSDB está disposto a correr o risco.

Aécio contou que, durante o encontro no Palácio do Jaburu, relatou a Temer a preocupação manifestada mais cedo por governadores em reunião da Executiva Nacional da legenda sobre as negociações em curso para a montagem de um possível governo Temer. O senador defendeu que ele se preocupe com a “primeira impressão” que seu governo causará e que ressaltou que “ele não terá tempo para perder”.

“Eu disse ao vice-presidente Michel Temer que, no caso dele, do seu governo, a primeira impressão é a única que existe. É preciso que, logo na largada, não apenas na constituição do governo, mas também das propostas que deverá apresentar ao país, é importante que elas gerem a esperança, o otimismo que vem faltando ao Brasil para enfrentar essa crise”, disse.

A participação do partido teve que ser costurada depois de divergências dentro da sigla. Michel Temer queria o PSDB inteiro, mas havia resistência, principalmente do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do próprio senador Aécio Neves (MG).


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