Política Nacional

União deve dar ‘tratamento diferenciado’ a dívidas de cada estado

Na semana passada, Temer já havia se reunido com o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), que também havia pedido ao presidente em exercício que o Executivo federal negocie com cada estado a renegociação da dívida e não adote um único modelo com todos os estados.


O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (RS), afirmou no Palácio do Planalto, após se reunir com o presidente em exercício Michel Temer, que sugeriu ao peemedebista que dê “tratamento diferenciado” aos estados na renegociação das dívidas com a União porque a situação dessas dívidas, disse, é diferente em cada unidade da federação.

Na semana passada, Temer já havia se reunido com o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), que também havia pedido ao presidente em exercício que o Executivo federal negocie com cada estado a renegociação da dívida e não adote um único modelo com todos os estados.

José Ivo Sartori disse ainda que, em 1998, quando o Rio Grande do Sul renegociou a dívida com a União, o ativo somava R$ 9 bilhões. Porém, ao longo dos últimos, declarou, já foram pagos R$ 25 bilhões e o estado ainda deve R$ 52,5 bilhões.

“A nossa situação é diferente do estado do Rio de Janeiro, porque depende dos royalties [do petróleo], é diferente do estado de Minas Gerais, que depende dos minérios, e são situações totalmente diferenciadas. O que eu defendi para o presidente é que alguns estados têm que ter um tratamento diferenciado, não para ter privilégio, mas porque as situações das dívidas são diferenciadas e alguns estão em situação muito mais agravada”, declarou Sartori.

O próprio governador, contudo, disse que não dá para negociar “tudo separado”.

“Nós somos uma federação. Mesmo que a federação brasileira ainda tenha dificuldades de se ter autonomia de estados e a autonomia dos municípios, […] não posso pensar que vai ter uma solução individual para o Rio Grande do Sul. Nós temos que trabalhar todos os governadores, juntos, para não parecer que privilegia um e não privilegia outro. Ninguém quer esse desconforto”, afirmou.

Segundo o peemedebista gaúcho, ele se reuniu com Temer nesta quarta porque não poderá participar da reunião prevista para esta quinta (9) entre o presidente em exercício e governadores para discutir a dívida dos estados com a União.


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