Advogado diz que prisão de Badú, Feijão e Tiago é “injusta e descabida” por não haver qualquer prova contra eles
Maurício Pereira afirma que nomes deles foram “simplesmente citados” em conversas interceptadas, sem qualquer menção de que teriam praticado algum crime. Segundo ele, ao reclamar do modus operandi que é utilizado, “qualquer pessoa de bem que tiver o seu nome citado por quem pratica ilícito corre o risco de ser preso”.

O advogado Maurício Pereira ratificou na manhã desta quinta-feira (19) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) o que vem afirmando desde o momento em que os ex-deputados Badú Picanço e Antônio Feijão, e o sobrinho deste, Tiago, foram presos acusados de envolvimento na Operação Minamata, deflagrada em Macapá pelo Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF). Segundo o criminalista, a prisão deles é “injusta e descabida” por não haver sequer indícios de prova contra eles.
“Acatando pedido do próprio MPF, a justiça federal liberou a interceptação telefônica que deu origem aos decretos de prisão, e conforme já é público e notório, não há na gravação qualquer menção aos nomes do Badú, do Feijão e do Tiago de que eles teriam recebido propina ou teriam intermediado propina. Trata-se de prisões descabidas e injustas, porque os outros sobre os quais tem indícios de materialidade e são tidos como culpados, foram soltos”, arrematando:
– Não há qualquer elemento que possa macular a idoneidade deles. Os títulos minerários da Coogal (Cooperativa dos Garimpeiros do Lourenço) são pré-existentes, isto é, foram autorizados pelo antigo DNPM muitos anos antes do Feijão superintendente órgão, que depois dele já teve cinco superintendentes até o Tiago assumir. É um absurdo dizer que ele exigiu propina para emitir títulos minerários validos, tanto que doutor Anselmo Gonçalves (juiz federal) autorizou o reinício das atividades da Coogal no garimpo do Lourenço – reclamou o advogado.
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