Política

Amapá está próximo de colapso e União precisa ajudar, diz senador Randolfe

Em tom de desabafo, o parlamentar amapaense vai ao rádio e apela por uma mobilização de toda a classe política, autoridades e a decisiva colaboração da sociedade


Cleber Barbosa
Da Redação

 

O senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP) falou à Diário FM (90,9) nesta segunda-feira (27) em um tom de desabafo – como cidadão e político – e exige providência por parte do Governo Federal por mais ajuda ao Amapá, estado que ele entende estar próximo a um colapso na rede de atendimento a pacientes acometidos pela pandemia do Covid-19.

 

Entrevistado pelo programa Café com Notícia, ele disse que já apresentou inclusive um convite para que o novo ministro da saúde, Nelson Teich, compareça ao Senado Federal para prestar informações sobre as novas diretrizes de ação no combate ao surto epidemiológico da doença. “Nós podemos estar entrando na fase crítica da pandemia, sendo que de ontem para hoje o número de mortes no Brasil foi de 338 pessoas que perderam a vida, então eu não acredito que isso não toque o coração e a consciência das pessoas, pelo amor de Deus”, disse ele.

 

O parlamentar disse que o momento pede um esforço concentrado e que cada um faça a sua parte, com os políticos e os representantes do povo também. “O Ministério de Saúde deixou de fazer a sua parte há muito tempo, pois para se ter uma ideia, os secretários de saúde dos estados e dos municípios foram ao presidente Davi Alcolumbre pedir ajuda também, pois desde que o novo ministro assumiu ele não reuniu uma única vez sequer com os gestores da saúde nos estados e municípios, está cada um por si praticamente”, reclama.

 

Randolfe diz, entretanto, que o momento pede muita serenidade e que não quer qualquer conotação política sobre esse enfrentamento. Para ele, não é hora de disputas, pois o inimigo em comum é a doença e não de embates, apesar dos posicionamentos daqueles que ele chama de “negacionistas”, pessoas e lideranças que sempre se mostraram sépticos e arriscaram até dizer que o Coronavírus não mataria nem 1,2 mil brasileiros. “Já vamos para quase 5 mil brasileiros que já perderam a vida e aqui no Amapá já são 26, irmãos nossos, pessoas no nosso dia a dia, não são apenas números, nem mais estatística, mas nomes de pessoas, pode ser amanhã um familiar seu, meu, enfim, a sociedade tem que fazer a sua parte”, disse.

 

Por fim, ele voltou a conclamar por ajuda e esforço de todos, reconhecendo que as regras impostas pelo distanciamento social são ruins para tudo, na economia, na ansiedade, estresse, tudo, mas a saúde está acima de tudo. “Só temos um inimigo agora, que é inimigo da espécie humana, que se chama Coronavírus, que provoca uma doença chamada Covid-19”, completou.


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