Política

Analista internacional teme “virada de mesa” nas eleições americanas

Professor Tiago Luedy lança um olhar de preocupação sobre as eleições americanas e ameaça à democracia.


Cleber Barbosa

Da Redação

 

O professor Tiago Luedy, do time de especialistas do programa Café com Notícia, na Diário FM (90,9), disse nesta terça-feira (06) que as eleições americanas ao mesmo tempo em que centralizam as atenções do mundo por ser a maior potência econômica, bélica e democrática do planeta, mas não se pode observar a baixa qualidade das propostas e a condução que os dois principais candidatos a presidente dos Estados Unidos estão protagonizando.

O especialista assina a coluna de “Política Internacional” e analisou o último embate entre Donald Trump e Joe Biden, na tv americana. “Não me surpreendeu, a não ser o fato de a gente ter a eleição presidencial da maior potência mundial ser um fiasco como aquele, sem propostas, com ataques, falta de educação e tudo que você puder imaginar, mas esse é o estilo do presidente americano e o candidato opositor entrou na onda”, comentou.

Ainda segundo o analista, a repercussão foi negativa, tanto para os candidatos como para o pobre mediador do debate que nada podia fazer para manter o mínimo de equilíbrio no embate transmitido para todo o país e, claro, espelhado para todo o mundo.

 

Insurgência
Questionado sobre a influência negativa para o resto do mundo e em especial ao Brasil, que também passa por um processo eleitoral, Tiago Luedy afirmou que tal postura afeta inclusive a visão que se tem da democracia moderna. “Um dos principais pressupostos da democracia é a ideia de que os candidatos aceitam concorrer segundo determinadas regras pré-estabelecidas e aceitar o resultado final, pois a gente sempre diz que remédio para governo ruim não é Impeachment, mas esperar a próxima eleição”, ponderou.

Por fim, o professor comentou que a forma como as coisas estão sendo conduzidas lá as regras de aceitar as regras do jogo democrático está em xeque, pois o atual presidente não se compromete em aceitar o resultado das eleições. “A gente está entrando num momento da política mundial diferente e que precisa de uma análise específica, pois queremos olhar para o cenário político a partir da nossa perspectiva político-ideológica ou através de um olhar histórico, mas nem sempre vai funcionar, pois as principais análises sobre as eleições americanas são muito falhas, inclusive com reflexo nas pesquisas de opinião que apontam uma possível vitória de Biden, algo que ele prefere não apostar nesse momento.


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