Política

Bala acredita em ‘caminhos abertos’ para captar recursos em Brasília

Prefeito eleito de Santana diz que caminhos estão abertos, por meio da Bancada Federal, em Brasília (DF), no sentido de destinar recursos para importantes obras e projetos no segundo maior município do Amapá.


Fotos: Joelson Palheta/DA

Elden Carlos
Editor-chefe

 

O prefeito de Santana, Bala Rocha (PP), afirmou durante entrevista na manhã desta quinta-feira (07) ao programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) que as articulações, diálogos e caminhos políticos estão abertos em Brasília (DF), no sentido de captar recursos para investimentos em vários setores no segundo maior município do estado amapaense. Segundo estimativa anual divulgada pelo IBGE, no ano passado, Santana tinha oficialmente 123.096 habitantes.

 

Diário – O senhor já foi deputado estadual, senador e deputado federal. Agora, é a primeira vez que encara mandato no Executivo. Politicamente, o senhor já tem caminhos abertos em Brasília?

Bala – Temos apoio total da Bancada Federal. Temos inúmeros recursos para melhorar o município em várias áreas como saúde, educação e infraestrutura. Nós estamos em diálogo com nossa bancada desde o ano passado na verdade. Tenho certeza que os recursos virão em grande volume para que possamos executar um grande projeto de reconstrução de Santana.

 

Diário – Qual a atual situação de Santana?

Bala – Temos três graves crises. Uma delas é a de ruas e passarelas [de madeira] destruídas. Nesse sentido, vamos, no caso das passarelas, lançar o programa Mobilidade Humana, que vai construir passarelas em concreto com sistema de iluminação pública e água encanada para as residências.

 

Diário – Como o senhor vai atuar no sistema de pavimentação das ruas e avenidas?

Bala – Hoje nós temos três programas de asfaltamento de Santana em planejamento. O primeiro deles é por meio do governo do Estado, que prevê recapeamento de 30 quilômetros de vias. O segundo é do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por meio de ajustamento de conduta, referente ao desabamento do porto da Anglo, que destina R$ 30 milhões para três áreas, sendo uma delas a de asfaltamento, com R$ 10 milhões. E o terceiro, que é o mais forte, é via Bancada Federal, com destinação de mais de R$ 100 milhões. Esse último programa prevê pavimentação de cerca de 70 quilômetros de via. Os programas contemplam, ainda, drenagem, calçadas e meio-fio. Os recursos já foram empenhados e estamos na fase de contratações.

Diário – Como está a saúde financeira do município?

Bala – Sancionei nesta semana o orçamento com previsão de R$ 11 milhões a menos na arrecadação. Também, temos muitas dívidas ainda sendo contabilizadas. Esse levantamento nos permitirá confrontar os números apresentados pela gestão anterior. Recebemos a prefeitura, por exemplo, com uma dívida de aproximadamente R$ 1,2 milhão da folha de pagamento dos efetivos [concursados] do setor administrativo referente ao mês de dezembro. Estamos sem contratos de internet. Outro contrato suspenso foi o de fornecimento na rede de saúde. Enfim, ainda estamos levantando os números para garantir transparência na execução dos recursos.

 

Diário – Como o senhor pretende se relacionar com a Câmara de Vereadores? O senhor tem maioria lá, ou não?

Bala – Olha, ainda não dá pra contabilizar por causa da crise que se instalou na eleição à presidência. Mas, minha vontade é de ter uma boa relação de trabalho com a Câmara, sem que a política partidária interfira nesse relacionamento no dia a dia.

 

Diário – No seu primeiro decreto como prefeito foram estabelecidas novas medidas restritivas de enfrentamento à Covid, e, ainda, autorizou o retorno de aulas presenciais no ensino superior. Mas, como fica a situação dos ensinos infantil e fundamental?

Bala – O calendário dos ensinos infantil e fundamental foi prorrogado até 9 de março, de forma remota, a pedido do Conselho e Comitê de Educação do município, então, não teremos férias e nem recesso durante esse período. A permissão para o ensino superior, referente às aulas presenciais, já vigora desde o decreto anterior, mas isso será reavaliado.

 

Diário – O senhor acredita que esses decretos referentes à Covid podem ser unificados na região Metropolitana?

Bala – Eu já conversei com o prefeito Furlan, de Macapá, com o secretário Juan Mendes (Sesa) e com Dorinaldo Malafaia (SVS). Propus que a gente alinhe essa questão dos decretos na região Metropolitana. Que tenhamos as mesmas datas de aperto ou afrouxamento das medidas sanitárias. E isso vale para as atividades econômicas e sociais. Precisamos uniformizar essas avaliações.

 

Diário – Santana ganhou um prefeito, mas perdeu um médico?

Bala – Não posso trabalhar na rede pública, por força de lei. Já me desincompatibilizei, mas como se diz na medicina, ‘para não perder a mão’, posso fazer a orientação da equipe médica do município como médico. Os meus conhecimentos médicos serão colocados à disposição da população através da coordenação de saúde.

 

Diário – Como o senhor pretende atuar no setor de infraestrutura da saúde básica em Santana?

Bala – Nossa referência é o sistema da atenção básica de Macapá, implantado ainda pelo prefeito Clécio, e que deve ser continuado pelo prefeito Furlan. Vamos levar esse know-how para implementar em Santana. É um programa de sucesso que vamos adotar no nosso município.

 

Diário – Prefeito, o senhor tem programado concurso público para prefeitura de Santana?

Bala – Somente a partir de 2022. Existe uma lei federal vigente, a partir da pandemia, que proíbe a realização de concursos públicos em todas as esferas em 2021.

 

Diário – Como o senhor pretende lhe dar com a juventude, tendo em vista o desemprego e a falta de qualificação profissional entre a maioria dos jovens?

Bala – Nós temos propostas confeccionadas pela própria juventude, durante nossa campanha, que foram apresentadas durante uma live. Vamos buscar parcerias com o governo estadual, com a União e iniciativa privada para focar na qualificação e também nas políticas de entretenimento, cultura, esporte e lazer dos jovens.


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