Política

Bens declarados por candidatos ao governo somam pouco mais de R$ 1 milhão

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) restringiu a transparência em relação ao patrimônio dos candidatos


Paulo Silva
Editoria de Política

Os cinco candidatos ao governo do Amapá registraram suas candidaturas nesta quarta-feira (15) no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), e, ao mesmo tempo, declararam seus patrimônios, que, juntos, somam pouco mais de R$ 1,1 milhão.

Patrimônio dos candidatos a governador do Amapá é de pouco mais de R$ 1 milhão

O senador Davi Alcolumbre (DEM), candidato ao cargo de governador do Amapá por uma coligação formada por 14 partidos, é o mais “rico” dentre os cinco que sonham com a principal cadeira do Palácio do Setentrião nas eleições de outubro. Cumprindo a legislação eleitoral, Davi registrou bens que somam exatos R$ 770.009,69. Na lista estão uma casa avaliada em R$ 585 mil, mais R$ 130 mil aplicados em dois fundos de rendimentos. Os bens declarados dos candidatos a governador do Amapá somam pouco mais de R$1,1 milhão.

O candidato a governador com maior patrimônio é o também senador João Capiberibe (PSB), com bens declarados de R$ 231.951,66. Ele incluiu uma casa avaliada em R$ 150 mil, outra de R$ 10 mil e um terreno no valor R$ 11 mil.

Cirilo Fernandes (PSL), candidato pelo PSL, servidor público, declarou no registro bens avaliados em R$ 180 mil, sendo uma casa no valor de R$ 150 mil e um veículo avaliado em R$ 30 mil.
Já o mais pobre é professor Gianfranco Gusmão, candidato do PSTU, que declarou ter apenas um veículo avaliado em pouco mais de R$ 8 mil.

O único candidato a não apresentar declaração de bens junto com o registro foi o governador Waldez Góes (PDT), que disputa o quarto mandato. De acordo com sua assessoria jurídica, o patrimônio de Waldez Góes está na declaração de bens da deputada Marília Góes, com quem ele é casado.

Mudança no sistema
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promoveu mudanças no sistema de registro de candidaturas na eleição deste ano, restringindo a transparência em relação ao patrimônio dos candidatos. Nas disputas anteriores, os políticos tinham que listar seus bens de forma detalhada, com tipo, descrição e valor. Ao declarar a posse de um apartamento, por exemplo, normalmente eram descritos o endereço, tamanho e outras características.

Agora é informado ao eleitor apenas que o candidato tem um apartamento e o seu valor, sem indicação de endereço, cidade, estado ou tamanho. O pouco nível de detalhamento do novo sistema do TSE não permite ao eleitor, por exemplo, saber se o apartamento declarado agora pelo candidato é o mesmo que ele tinha em eleições passadas ou um outro.

A mudança de sistema do TSE ocorreu após audiências públicas com a participação de representantes dos partidos políticos. Também é impossível saber os nomes de empresas que pertencem aos candidatos e os bancos em que cada um tem investimentos.

Neste ano, as campanhas serão financiadas com recursos públicos e doações de pessoas físicas, e a regulamentação aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral não colocou limites para o autofinanciamento, que pode ser usado até o teto do valor estipulado pela Lei Eleitoral para cada cargo.


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