Política

Candidata acusa Paulinho da Força de discriminar mulheres no Amapá

As informações de Alandy Cavalcante foram confirmadas por Sandra Cardoso, candidata a deputada estadual e a primeira a reclamar da direção nacional do Solidariedade sobre o repasse de recursos financeiros.


A candidata a deputada federal pelo partido Solidariedade no Amapá, Alandy Cavalcante, acusou nesta terça-feira (28) o presidente nacional do seu partido, o deputado federal Paulinho da Força, de ser machista, discriminador de mulheres e inimigo do povo do Amapá.

 

Alandy Cavalcante é professora e líder da causa que defende os direitos da mulher no estado do Amapá. Segundo ela, o dirigente nacional do Solidariedade, mesmo tendo prometido cumprir a legislação eleitoral com isonomia, depois do registro das candidaturas, já avisou a candidata, através do seu emissário, interventor do partido no Amapá, que ela não terá nenhum centavo, “pois o partido não tem interesse de eleger mulheres para a Câmara dos Deputados”, tanto que já salientou que só um candidato receberá os recursos, ficando de fora ela e outras quatro candidatas a deputada estadual.

 

A decisão de Paulinho da Força está revoltando o meio político no Amapá, sobretudo as mulheres, que detêm 52% do eleitorado, já que o partido abandonou os candidatos, tendo antes se comprometido a repassar os valores previstos na lei, além de todo material gráfico, despesas com contador para prestação de contas e advogado para consultoria dos candidatos.

 

O Solidariedade recebeu um montante de R$ 40.127.359,42 do FEFC, Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e mais recursos do Fundo Partidário, conforme a Resolução TSE 23.568/2018.

 

Para Alandy, o presidente Paulinho da Força, que é investigado pela Polícia Federal, através da Operação Registro Espúrio, está destinando a maior parte dos recursos do povo, que é público, em benefício da sua própria eleição e dos seus apadrinhados, demonstrando assim que esse financiamento público só elegerá homens e os ricos.

 

Ela destacou que as mulheres do Amapá não aceitam o machismo e essa predatória discriminação de gênero, mesmo que o partido, nos bastidores, envide esforços para só eleger homens. Ela destacou que vai ingressar na justiça e pedirá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a quebra de sigilo bancário de todos os que integram a diretoria do Solidariedade, bem como a suspensão de repasses de recursos e que a própria justiça eleitoral faça essa distribuição.

 

As informações de Alandy Cavalcante foram confirmadas por Sandra Cardoso, candidata a deputada estadual e a primeira a reclamar da direção nacional do Solidariedade sobre o repasse de recursos financeiros.


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