Política

Capiberibe defende fortalecimento do setor primário e o fim do parcelamento de salários

João Capiberibe concorre ao cargo de governador do Estado pelo PSB. O candidato concedeu entrevista ao programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) nesta quarta-feira (19).


O senador João Alberto Capiberibe (PSB), candidato ao governo do Amapá, foi o entrevistado nesta quarta-feira (19) do programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9). Capiberibe foi o quarto candidato sabatinado pelos jornalistas do programa. A entrevista durou uma hora.

 

Zootecnista, João Capiberibe defende o fortalecimento do setor primário e o aproveitamento da matéria-prima e dos recursos naturais da região para o fortalecimento da economia do Amapá. Ele prometeu acabar, caso eleito, com o parcelamento de salários e planeja ampliar e equipar as polícias Militar e Civil, criando e implantando núcleos de polícia comunitária integrada em todos os municípios, bairros e distritos.

 

DIÁRIO: O senhor tem falado muito que, se eleito, pretende fazer uma gestão compartilhada, através do Whatsapp, isto é, governar através de aplicativos. É verdade?

CAPIBERIBE: Na verdade, não é governar por aplicativo, mas agregá-lo como ferramenta de governo. Temos que aproveitar a tecnologia para debater as questões com o povo. Para ter ideia como nossa vida mudou, antigamente a gente acordava e a primeira coisa que fazia era pegar a escova e a pasta e ia escovar os dentes. Agora, a primeira coisa que fazemos é pegar o celular, e também à noite, antes de dormir. Nós temos propostas inovadoras, inclusive, na área de segurança, com a instalação de módulos de polícia interativa. Para isso, nós conversamos permanentemente com especialistas e a idéia é colocar 20 bases, com policiais civis e militares dentro da cabine dialogando através do Whatsapp com a população do seu território, com uma viatura guarnecendo o entorno, permitindo que, de acordo com cálculos de nossos especialistas, em cerca de 10 minutos os policiais atendam cada ocorrência.

DIÁRIO: Por que o senhor decidiu se candidatar ao governo e não tentar buscar um novo mandato de senador?

CAPIBERIBE: Todos são testemunhas que corri atrás, bati em várias portas em busca de candidaturas. Queria o Randolfe, depois a procuradora Ivana Cei, e observei que enquanto eu corria atrás comecei a receber grupos sugerindo a nossa candidatura ao governo; a partir da leitura de indicadores sociais, que são muito preocupantes, decidi que não poderia voltar às costas para as elevadas taxas de desemprego, as taxas alarmantes de mortalidade infantil, que são as maiores do país, a economia andando pra trás e a partir daí resolvi assumir, até porque eu tenho propostas maravilhosas.

 

DIÁRIO: Com o que o senhor se identifica mais, Executivo ou Legislativo?

CAPIBERIBE: Ambos. É fundamental a experiência parlamentar. Minha relação com a bancada é excelente; construímos juntos projetos interessantes, com emendas beneficiando vários setores, como os R$ 170 milhões para a construção do Hospital Universitário, cujas obras avançam rapidamente graças ao empenho de toda a bancada. Isso é fantástico!

 

DIÁRIO: Mas as previsões não são muito otimistas por causa do iminente corte de verbas federais, já anunciado pelo governo. Como lidar com isso?

CAPIBERIBE: A PEC 95, a chamada “PEC da Morte” que estabeleceu teto nos gastos públicos cortou verbas da saúde e educação PEC da morte, nós vamos derrubar porque não é possível ficar 20 anos sem investimentos na saúde; todo ano a receita cresce, e esse crescimento deveria atender esses setores, mas são desviados para pagar juros e serviços da dívida pública, isto é, tudo que se arrecada hoje é para pagar a divida publica, e isso não é possível.

 

DIÁRIO: Quais são os seus projetos para a saúde, principalmente para acabar com as dificuldades e as filas para realização de consultas e exames?

CAPIBERIBE: Eu tenho visitado com muita freqüência as unidades de saúde, inclusive o Hcal (Hospital das Clínicas Alberto Lima) e o Hospital de Emergências (HE) e os problemas são enormes, apesar de termos colocado muitos recursos na saúde; só eu coloquei R$ 12 milhões; visitei o HE e a situação que se vive lá me abalou profundamente, parece um campo de guerra com macas uma ao lado da outra; costumo visitar também os hospitais de Santana e de Laranjal do Jari, conversando com as equipes médicas e pacientes, mesmo porque minhas propostas são feitas sempre através de contato direto com o povo e conversas com especialistas; a primeira coisa que vou acabar é com a politicagem, com indicações politiqueiras e colocar para gerenciar profissionais que conhecem e que sejam do sistema, trazer os que conhecem o sistema, que são também políticos, que têm que profundo conhecimento do SUS e dar condições de trabalho aos médicos, enfermeiros, enfim, a todos os profissionais; e também colocar os recursos da saúde diante dos olhos de todo mundo; temos lutado muito nesse sentido, colocamos R$ 5 milhões para equipar o HCal, dos quais R$ 700 mil só pra equipar a clínica de oftalmologia, retomar as cirurgias de catarata, os equipamentos estão lá, mas até agora não foi feita uma só cirurgia; enquanto isso temos 6 mil pessoas cegas aguardando por cirurgia de catarata, que é muito simples, mesmo com o HCal totalmente equipado, com centro cirúrgico; inclusive as lentes já chegaram; mas se Deus quiser vamos retomar essas cirurgias, porque dá pena entrarmos nas casas e vermos pessoas olhando pro infinito com olhar perdido, à espera de uma cirurgia de 15 minutos que voltarão a fazê-las enxergar.

 

DIÁRIO: Caso o senhor seja eleito, qual será a sua condição política em relação aos professores e as entidades classistas, como o Sinsepeap, considerando que em suas gestões passadas a relação foi de certa forma conturbada. Agora, diante dessa nova conjuntura, o senhor fez uma espécie de autocrítica? Até que ponto o amadurecimento contribuiu para que certas posições sejam revistas?

CAPIBERIBE: Na realidade nossa relação era excelente e é até hoje, tanto que tenho apoio das centrais sindicais e sindicatos. A primeira coisa que vamos fazer é acabar com a figura do professor horista, porque é absurdo o profissional trabalhar na mesma escola, em salas contíguas umas, realizar as mesmas atividades e ganhar metade dos outros, porque o horista só ganha o que trabalha, não tem férias, nem 13º salário; fiquei emocionado com as condições do professor horista e isso não vai continuar. Eu sempre fui governador e prefeito sem ter experiência parlamentar; hoje não, a situação é diferente; assim como eu tenho relação muito produtiva com os colegas de Parlamento eu vou ter relação com toda a sociedade; eu quero garantir aos professores que nós vamos acabar com o parcelamento de salários, não aceito esse parcelamento porque isso prejudica enormemente a economia, além dos funcionários públicos terem que pagar juros e multas em cima das prestações vencidas.

 

DIÁRIO: Como o senhor pretende acabar com o parcelamento de salários se não há dinheiro para pagar a folha na integralidade?

CAPIBERIBE: Eu conheço e sei de cabeça todos os orçamentos públicos desde o primeiro governo; conheço o último deste ano e acompanho a sua execução; primeiro é preciso equilibrar o orçamento e o financeiro; fiz isso no passado, e no presente temos ainda mais possibilidades, porque tem mais meios de governar que nos anos 1990, muito mais alternativas; os recursos acompanham evolução da folha, que nos últimos anos cresceu quase R$ 50 milhões, e ainda teve a transposição de servidores pra a folha da União, que gerou uma economia de R$ 140, R$ 150 milhões e o governo do estado deu apenas 2,8% reajuste salarial em quatro anos; tem que economizar em várias direções para honrar a folha de pagamento.

DIÁRIO: Os indicadores econômicos e sociais têm colocando o Amapá na ‘rabeira’ do ranking das Unidades Federadas. A que o senhor atribui isso e o que fará, caso eleito, para mudar esse quadro?

CAPIBERIBE: O nosso povo está aflito, temos 78 mil desempregados no estado, 21,3% da força de atividade; o desemprego no Amapá é quase o dobro da média nacional; esse problema não é decorrente da questão nacional, tem origem aqui, por falta de políticas econômicas que ofertem emprego. Tem que desenvolver a economia, e ensaiamos esse desenvolvimento nos anos 1990, mas faltava energia elétrica, que hoje temos em abundanciam, apesar do preço extremamente alto da tarifa; e assumo o compromisso de anular, nós vamos anular o último reajuste de 37% porque as pessoas não estão podendo pagar.

 

DIÁRIO: Mas como vai ser possível anular esse reajuste, se os reajustes são regulamentados pela Aneel?

CAPIBERIBE: Não. O maior acionista é o governo do Estado. A diretoria da CEA é nomeada pelo governador. No dia 1º de janeiro eu vou determinar a anulação desse reajuste e se não obedecer eu demito a diretoria. O governador é a autoridade, nomeia e exonera! Eu vou determinar a redução (da tarifa) e se não cumprir eu demito.

 

DIÁRIO: O senhor, hoje, defende a industrialização e o agronegócio como alternativas para o desenvolvimento, mas em suas gestões passadas esses setores não foram priorizados, porque o senhor dizia que eram inviáveis. E agora?

CAPIBERIBE: Agora nós temos em abundância energia, mão de obra qualificada e matéria-prima abundante, que antes não tínhamos; hoje nós temos cerca de 15 indústrias gerando popas e exportando para o mundo todo; o açaí, por exemplo, é a atividade econômica mais importante atualmente, que oferece mais empregos, e podemos triplicar os empregos de hoje; temos a pesca oceânica e iremos retomar a indústria madeireira e moveleira, assim como implementar a indústria da soja, que este ano produzimos 60 mil toneladas que, pra ter ideia do volume da produção, corresponde a 2 mil carretas de 30 toneladas de soja, cada; a cadeia produtiva da soja é que vai ativar a economia, porque vamos industrializar no Amapá; a soja vai ser fundamental para a produção agrícola e pecuária; a soja vai ser esmagada aqui e vamos produzir óleo, que vem do Sul do país, do Paraná; a partir do farelo da soja e juntamente com milho fabricar ração e produzir frangos com mão de obra local, com técnicos locais, evitando trazer carreta carretas de frangos de Santa Catarina, e com isso vamos ter empregos em aviários e abatedouros e produzir suínos, gado leiteiro e peixe; o preço da ração vai cair e permitir do desenvolvimento do agro; até esterco de galinha para o cultivo hortaliças é importado do Pará; mas isso vai acabar, pois vamos priorizar a produção local, e para isso temos técnicos formados na Unifap e no Ifap.

 

DIÁRIO: De acordo com o IBGE em 2010, o Amapá tinha 108 mil pessoas concentradas em aglomerações subnormais (áreas de ressaca), vivendo em condições precárias, sem serviços públicos. Todos os governos anteriores, inclusive durante os 12 anos que o PSB ficou no governo, esses problemas não foram resolvidos, como também nada foi feito em saneamento e esgoto. Na eventualidade de o senhor ser eleito, que garantia a população tem que o senhor vai dar a esses setores a atenção devida?

CAPIBERIBE: Nós levamos a rede de esgotos da Avenida Diógenes Silva até o bairro Novo Buritizal, assim como também para a Avenida Pedro Américo, no Pacoval, mas até hoje não foi feita a interligação; primeiro tem que fazer a interligação e ampliar em seguida, mas para isso, precisamos desenvolver a economia e fazer o estado crescer com o objetivo gerar emprego. Pra isso é fazer uma política fiscal eficiente, e a minha será aquela que dará prioridade zero para trabalho e geração de emprego, que estão acima de tudo, porque crescendo a economia haverá recursos para ampliar a rede de esgoto, que ficou parada durante esse tempo todo.

DIÁRIO: (pergunta do candidato ao governo Cirilo Fernandes, do PSL): Você foi governador, é senador e nunca defendeu a soja, mas hoje se apresenta como defensor. Mudou de ideia ou é só pra captar votos?

CAPIBERIBE: Veja só, eu sou especialista na área, sou zootecnista, conheço soja desde os anos 1970 e sei a importância do produto para a ração animal; hoje precisamos de emprego e precisamos desenvolver a cadeia produtiva, mas antes não podia ser feito, não tinha energia e mão de obra; seria insanidade não deixar de lado o preconceito do passado, que existia porque era impossível fazer, mas agora é possível e nós vamos desenvolver o setor, vamos resolver os problemas fundiários, organizar o Imap, e não deputados não vão mais mandar no Imap não, lá vai ter autoridade para definir área de cultivo da soja, que este ano foi de um mil hectares, e produzimos 60 mil toneladas; vamos definir o tamanho da área, seja 150 mil, 200 mil hectares, que vamos definir só para grãos, soja e milho; acabou o preconceito do passado e as pessoas estão entendendo perfeitamente que eu vou levar o Amapá para o caminho da indústria.

 

DIÁRIO: A produção cultural do Amapá tem qualidade e todos os segmentos têm resultados positivos no país, mas aqui não tem esse resultado, tanto que cerca de 90% desconhecem a nossa cultura por falta de políticas públicas para o setor; não se discute as manifestações culturais, como o Marabaixo, nas escolas para a população conhecer, defender e divulgar. O senhor e o seu filho, quando estiveram no governo, não desenvolveram essa política. Como vai ser a sua relação com esses segmentos caso seja eleito?

CAPIBERIBE: Todo mundo no Amapá sabe da minha relação com a cultura e que o nosso governo deu integral apoio à música, às artes plásticas, enfim, a todos os segmentos, em momento de efervescência; nossa musica foi parar na Europa; tivemos histórico circuito cultural que está presente até hoje, restauramos a Fortaleza de São José e revitalizamos o seu entorno; construímos o Trapiche, o Centro de Cultura Negra, o Museu Sacaca… E vamos voltar a ter políticas culturais no Amapá, com a realização dos festivais de música, atividades de teatro, que marcaram época e as músicas que até hoje são cantadas, músicas elaboradas naquele momento de efervescência cultural, que vaia voltar, inclusive com a Feira de Livros, evento muito importante de2002 a 2014. Inclusive ontem estive no Museu Sacaca, um espaço maravilhoso que vamos restaurar para atrair visitantes ao nosso estado, que todos querem conhecer. Outra coisa é assegurar o calendário de eventos, a começar do carnaval, que é preciso atender, porque além atividade cultural popular atrai turistas da Guiana, da França e da Europa. Sempre apoiamos e vamos apoiar o Ciclo do Marabaixo, e inclusive eu escutei uma entrevista do Mestre Pavão lembrando a minha relação com o Marabaixo e com a Quadra Junina, que vamos trazer de volta com toda a força, como também desenvolver pacotes turísticos e políticas culturais com viés econômico para fortalecer e ampliar o setor de turismo.

DIÁRIO: O Camilo (Capiberibe) firmou acordo com a Eletrobrás e fechou um empréstimo de R$ 1,4 bilhão com foco na federalização e transferência do controle acionário da Eletrobrás, mas a Lei 13.360/2016 prevê a realização de leilão para a privatização da CEA. Como o senhor pretende evitar a privatização da CEA?

CAPIBERIBE: A CEA chegou perto da privatização, mas eu não vou deixar acontecer essa privatização, porque a empresa é viável, tanto que em um ano a receita foi de R$ 240 milhões; vamos mergulhar na CEA para oferecer ao povo do Amapá uma tarifa que todos possam pagar, e também retomar a empresa a serviço do povo; fizemos isso em 1990, reequilibramos e vamos reequilibrar e manter o controle do Estado; eu fiz isso nos anos 1990 e vamos fazer de novo; entreguei o meu governo com uma linha de transmissão elétrica ampliada para 3 mil quilômetros; quando assumi o governo a linha chega até o posto da Polícia Rodoviária Federal e distribuímos para todas as comunidades até a Foz do Rio Vila Nova, e assim foi feito em todo o estado. Estou aqui para dar solução e todos sabem que minhas ideias são inovadoras para resolver os problemas do povo do Amapá; quando resolvi assumir a candidatura ao governo, empurrado pela força popular, foi com propostas para resolver os problemas do povo do Amapá, e é isto que estou fazendo.

 

DIÁRIO: O setor de mineração está parado no estado. Tem minério, mas não tem ferrovia e rodovia praticamente não existe para escoamento da produção. Que proposta o senhor tem para a retomada do setor de mineração no Amapá?

CAPIBERIBE: Tenho conversado com mineradores e uma exigência deles é um governo sério, que respeite a ação dos empresários, que querem investir aqui, mas reclamam que não dá pra investir no Amapá porque tem que pagar propina, e eles não querem fazer isso. O Bruno Cei (especialista no setor de mineração) trabalha comigo e está levantando as reivindicações dos mineradores para darmos uma resposta. Temos três bilhões de reais em manganês na Serra do Navio e o conflito judicial entre a Icomi e a Ecometals que já dura 20 anos; dá para restaurar a ferrovia, vender o minério e trazer esses recursos para o estado. O garimpeiro é um trabalhador extremamente sofrido e humilhado; nos meus governos organizei a Coogal (Cooperativa dos Garimpeiros do Lourenço) e agora vamos organizar todos os garimpeiros do estado, olhar de volta para a mineração porque gera empregos, assim como todas as demais atividades. Hoje temos condições de fazer isso, temos tecnologia que permite a exploração do minério sem usar mercúrio, e vamos colocar essa tecnologia à disposição dos garimpeiros, porque dessa forma não teremos que poluir os nossos rios e igarapés.

 

DIÁRIO: Sem dinheiro não se faz nada, e há necessidade de receber recursos de emendas parlamentares. Se eleito, o senhor estará do outro lado, no Executivo, e não mais no Legislativo. Qual será a sua estratégia para conseguir os recursos necessários para investimentos?

CAPIBERIBE: Nossa relação é tão boa com a bancada federal que fizemos coleta com 9 parlamentares e cada entrou com R$ 1,9 milhão para a construção do Hospital de Barretos, que está sendo construído na (Rodovia) Norte-Sul de Macapá e será entregue em novembro deste ano com duas carretas totalmente equipadas para fazer o diagnóstico do câncer em todo o estado. Eu tenho uma relação excelente hoje com a bancada e nós vamos continuar tendo essa boa relação; temos emendas impositivas individuais e de bancada; coloquei muito recurso para o governo do estado; eu e a deputada Janete, por exemplo, colocamos em torno de R$ 43 milhões para o governo administrar; nós temos o projeto do Igarapé Sustentável que asfaltou o CD Rural e que está asfaltando o Pólo; para construir duas fábricas, uma de polpa de frutas e outra de processamento vegetal, uma fábrica de processamento de camarão, e para comprar um aparelho de laparoscopia, que está instalado no Centro Cirúrgico do HCal e até hoje nenhuma cirurgia foi feita; coloquei R$ 17 milhões para o prefeito Clécio, dinheiro para o Ofirney (prefeito de Santana), enfim, para todos os prefeitos, independentemente de bandeira partidária.

DIÁRIO: A Polícia Militar trabalha hoje com a metade da sua capacidade operacional e há previsão de cerca de 700 policiais que irão para a reserva este ano. Como o senhor espera repor esse contingente, considerando que a PM é a 1ª linha de defesa da população?

CAPIBERIBE: Tem o concurso que foi realizado, com um cadastro reserva enorme. Se realmente tiver essa necessidade nós vamos chamar o cadastro reserva para colocar nas ruas. A PM desenvolve ações ostensivas e preventivas, e pra isso tem que estar fardada nas ruas; hoje não tem muitas vezes nem gasolina para trabalhar. Vamos criar a polícia comunitária e colocar nas ruas. Tenho respeito enorme pela PM e esse respeito é recíproco, tenho apoio de muita gente na PM e na Polícia Civil, e vamos controlar essa violência crescente no estado, porque não é possível acontecer execução na frente da nossa cidade como está ocorrendo, e para isso temos um corpo de policiais bastante qualificados.

 

DIÁRIO: O senhor partiu na frente nas pesquisas, mas na última teve oscilação negativa de 33% para 32%. Como o senhor avalia esse desempenho?

CAPIBERIBE: Eu estou muito confiante porque é o povo que ETA empurrando a nossa candidatura, acolhe as nossas propostas inovadoras com entusiasmo, com um carinho enorme. No corpo a corpo eu vejo os olhos das pessoas brilharem com as nossas propostas; eu acho a pesquisa importante, mas ela é o termômetro do momento, não é definitivo; definitivo mesmo é a vontade do povo na hora do voto; tenho certeza da vitória; fazemos reuniões com 300, 400 pessoas, e quero aproveitar para convidar as pessoas a participarem ainda mais; fizemos campanha agora na Zona Norte, com um visual maravilhoso nos bairros, nas ruas… A oscilação é pequena, está na margem de erro, mas no todo, considerando a margem de erro, a pesquisa me dá 34.8%.

 

DIÁRIO: Quanto o senhor tem pra gastar nessa campanha?

CAPIBERIBE: R$ 1,4 milhão. Campanha é cara e a gente está equilibrando. O mais caro numa campanha é comunicação e marketing.


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