Capiberibe reconhece fragilidade do PSB
Senador diz que resultado pífio do partido, nas eleições de 2016, foi consequência de uma conjuntura, mas que a sigla se reestrutura.

Pela primeira vez, em entrevista, o senador João Alberto Capiberibe (PSB-AP) reconhece falhas que teriam sido cometidas pelo seu partido que nas últimas eleições municipais foi o grande derrotado no âmbito das legendas que possuem nomes expressivos da política local. Ele falou na manhã desta quinta-feira, 5, no programa LuizMeloEntrevista (Rádio Diário FM 90,9).
Em outubro de 2016, o Partido Socialista Brasileiro não elegeu sequer um prefeito no Amapá. Na legislatura encerrada ano passado, na Câmara Municipal de Macapá, tendo quatro vereadores, a legenda não conseguiu votos suficientes para ocupar pelo menos um assento no período que se inicia em 2017.
O PSB, em todo o estado, elegeu apenas uma pessoa, Geida, para a Câmara Municipal de Calçoene. Na capital, o candidato do partido, o ex deputado estadual, ex secretário municipal, ex secretário estadual de transportes e ex diretor da Caesa, Ruy Smith, teve a pífia contagem de 7.922 votos, o penúltimo colocado num universo de sete candidatos.
Na entrevista, Capiberibe justificou a fragilidade do Partido Socialista Brasileiro como consequência de um momento, de uma conjuntura, reconhecendo que a sigla tem cometido muitos equívocos, um deles, não buscar a formação de alianças.
“Agora estamos conversando com todo mundo. Já recebi todos os prefeitos eleitos. Reconhecemos que uma coisa é a afinidade partidária, e outra, a atividade parlamentar”, admitiu o senador que também anunciou que o PSB reestrutura os seus núcleos de base, e que mais acentuadamente agora pugna pela gestão compartilhada.
João Capiberibe, na entrevista, condenou o sistema prisional brasileiro, comentando a mortandade ocorrida em Manaus; traçou um diagnóstico de dificuldades no Brasil e disse que a saída para a crise seria uma eleição direta não só para Presidente da República, mas também paro Congresso Nacional.
O senador disse que a Operação Lava Jato é um exemplo único para a sociedade brasileira porque surgiu para “pegar gente de cima, tanto da política como do empresariado”. Ele ainda discorreu sobre as emendas parlamentares que tem apresentado e liberado para diversos setores do Amapá, principalmente para a saúde, educação e segurança.
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