Clécio festeja início de perfurações em busca de petróleo na Margem Equatorial
Menos de 48 horas depois da liberação de licença do Ibama para Petrobras pesquisar óleo e gás em águas oceânicas do Amapá, empresa já começava serviço com navio sonda, fato festejado pelo governador em entrevista coletiva no Palácio do Setentrião

Douglas Lima
Editor
O governador Clécio Luís anunciou em entrevista coletiva logo cedo desta terça-feira, 21, no Palácio do Setentrião, que a Petrobras, naquele momento, já se encontrava com o navio sonda NS-42, no chamado poço Morpho, na Margem Equatorial Foz do Amazonas, iniciando as perfurações para subtrair petróleo para efeito de pesquisa para a identificação de sua qualidade e quantidade.
O local, a quase seiscentos quilômetros da foz do rio Amazonas, recebeu o nome Morpho, pela Petrobras, em referência ao deus do sono e dos sonhos da mitologia grega, considerando a profundidade de mais de 2.800 metros, os desafios técnicos para a empreitada e a expectativa de ali ter petróleo que garantiria para o Brasil uma transição energética sem traumas e para o Amapá uma fonte econômica considerável.
O anúncio do governador foi dado menos de 48 horas após o Ibama autorizar a Petrobras a trabalhar na Margem Equatorial. Clécio esclareceu que a atividade iniciada é a fase exploratória do poço Morpho, que começa com jatos de água de alta pressão para destruir as montanhas existentes no local com profundidade de água de quase três mil metros.
O gestor amapaense previu que as pesquisas da Petrobras devem demorar de cinco a seis meses. Durante o serviço, mostras de petróleo serão levadas para o laboratório da empresa, em tubetes, para cubação, técnica que faz a medição da qualidade e do volume do petróleo existente nas águas profundas do poço Morpho.
Bastante animado, Clécio Luís disse que a autorização do Ibama enseja que os amapaenses se preparem para receber a exploração do óleo negro, o que deverá ocorrer entre cinco e seis anos. Da parte do governo, ele disse que está articulado com as duas universidades públicas do estado, Unifap e Ueap, e também com o Instituto Federal do Amapá (Ifap), no sentido de que essas instituições preparem a juventude local para a garantia dos muitos empregos que virão.
O governador Clécio lembrou de seus esforços pessoais na luta para que os sonhos de estudos de petróleo na Margem Equatorial fossem autorizados pelo órgão ambiental, citando as muitas reuniões que fez com o presidente Lula, senador Davi, empresários, CNP, Ministério das Minas e Energia e com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
O gestor também lembrou da ida dele, a convite de Magda Chambriard, aos Estados Unidos, para participar do Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, que reúne líderes mundiais do mercado de offshore e onde, como disse Clécio, ele e a presidente da Petrobras conseguiram fazer com que nas rodas de conversa a predominância fossem petróleo, gás e Amapá.
Clécio Luís repercutiu que as atividades relativas a petróleo geram a expectativa de emprego, desenvolvimento, nova atividade econômica, novos tipos de empresas e outro parque industrial, mas que para isso é preciso capacitação da população. Ele revelou que articula a implantação no Amapá de uma extensão da Universidade Petrobras (UP), que forma e capacita empregados da empresa, para fazer o mesmo com a juventude e a massa do estado com idade ainda de atuar no mercado de trabalho.
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