Clécio Luís defende política com diálogo e sem isolamentos partidários
O ex-prefeito de Macapá vai disputar pela segunda vez o governo estadual. Em 2006, quando ainda era vereador, pleiteou a vaga do Setentrião e perdeu para Waldez Góes.

Railana Pantoja
Da Redação
Clécio Luís (Solidariedade), ex-prefeito de Macapá e pré-candidato ao Governo do Amapá, participou na manhã desta quinta-feira (24) do programa Luiz Melo Entrevista (Diário FM 90,9) e falou sobre os planos políticos para governar o estado, caso seja eleito em outubro. Não é a primeira vez que o ex-prefeito disputa o Palácio do Setentrião. Em 2006, quando Clécio era vereador, tentou a vaga e perdeu para Waldez Góes, que na época estava se reelegendo.
Clécio Luís estava sem partido político até semana passada, quando anunciou sua filiação ao Solidariedade, partido que ele aponta ser de centro-esquerda e defensor do diálogo sem isolamentos políticos por causa de bandeiras partidárias.
Diário- Por que escolheu o Soliedariedade?
Clécio- Eu queria um partido que não negasse e nem negligenciasse a minha história na esquerda, mas que também dialogasse com parcelas amplas da sociedade. Se eu quero ser governador do estado, tenho que governar para todos, não posso exercer um mandato para um partido ou somente para filiados que convergem ideias comigo, preciso atender todos.
Diário- Ideologicamente, não causa nenhum inconveniente para o senhor ser de centro-esquerda e conviver com partido de direita, como o atual PUB?
Clécio- Nenhum, justamente porque fui amadurecendo e entendi que ninguém faz nada sozinho. Vou relembrar minha trajetória com o DEM [atual PUB]: em 2012, eu e Davi disputamos a eleição para prefeito, ele não passou para o 2º turno e decidiu me apoiar, começou aí a parceria. Em 2014, lançamos Davi como senador. Em 2018, apoiamos para o governo. E em 2020, apoiei o candidato do DEM e indiquei a vice. Então, não é questão de conveniência. O que não posso é ter a hipocrisia de achar que Davi presta para me apoiar, mas para apoiá-lo ele não presta. Isso não cabe na política atual. Tenho reconhecimento pela atuação de Davi.
Diário- O senhor andou por vários municípios nos últimos meses. O que já acumula de experiência com a imersão do projeto ‘Pelo Amapá Inteiro’?
Clécio- Em geral, nosso estado é muito pequeno, tem bastante dificuldade com recursos, não tem economia pujante, é muito dependente dos recursos federais e isso acontece em todos os municípios. Agora, visitando esses locais, a gente vê muita obra fruto de recurso de emendas da bancada federal. O Davi colocou o Amapá no orçamento da União, ele fez esses recursos chegarem aos municípios. Então, hoje eu consigo identificar as mazelas e os potenciais estratégicos de cada município através dessa imersão.
Diário- O senhor tem sido criticado por causa dessa imersão. Após Calçoene, que é o novo destino, vai parar?
Clécio- Não. Até o período da eleição, quero ter essa oportunidade de morar um pouco em cada um dos 16 municípios. Eu não estou fazendo turismo, mas por ser apaixonado pelo Amapá, faço isso com muito prazer. Consegui governar uma capital cheia de problemas durante 8 anos, com muito amor e prazer. E se isso incomoda quem faz política só pelo poder e não gosta do povo, sinto muito. Eu gosto do povo, faço política com seriedade, sinto os estresses, mas também me sinto realizado em conhecer o estado.
Deixe seu comentário
Publicidade


