Política

Clécio Luís vence eleição no segundo turno e continua prefeito de Macapá

Prefeito reeleito disse que na próxima semana vai procurar o governador Waldez Góes (PDT) para pedir ajuda ao município. O gestor do estado apoiou o então candidato Gilvam Borges.


O prefeito Clécio Luís (Rede) foi reeleito neste domingo, 30, para governar o município de Macapá por mais quatro anos. Com 97,05% das urnas apuradas, às 18h18min, ele já obtivera 60,49% dos votos válidos contra 39,56% do opositor Gilvam Borges, do PMDB. Traduzindo em números, Clécio tinha 122.383 votos; Gilvam 79.943.

Entrevistado ainda no curso da apuração, mas sem condições do candidato do PMDB reverter a reeleição, Clécio disse que naquele momento desarmava o palanque da campanha eleitoral para continuar administrando Macapá.

O prefeito reeleito disse que na próxima semana vai procurar o governador Waldez Góes (PDT) para pedir ajuda ao município. O gestor do estado apoiou o então candidato Gilvam Borges.
Clécio Luís disse que além de Waldez, também vai procurar as forças políticas e comunitárias de Macapá e de todo o estado, considerando que Macapá detém em torno de 60% da população de todo o Amapá.

“Vou procurar toda esse gente para ajudar a desenvolver Macapá”, anunciou o prefeito Clécio Luís, analisando, ainda, que venceu a eleição majoritária no primeiro e segundo turnos porque deixou claro ao eleitor que não pode fazer tudo o que prometera em 2012, mas esclarecendo que não deixara de lado a importância de vir a cumprir a promessa.

Opositor – Gilvam Borges, entrevistado depois de conhecido o resultado da eleição, surpreendeu ao anunciar que no dia 2 de janeiro, às 18h, lançará o trabalho de construção de pontes de concreto no bairro Congós, no fim da avenida Claudomiro de Moraes.

“Perdemos a eleição, mas não a disposição para o trabalho, ponto que eu e o Adiomar marcamos durante a campanha”, disse Gilvam Borges.

A construção de pontes de concreto foi um dos motes da campanha do então candidato do PMDB, assim como o reinício da obra do Hospital Metropitano, assunto que ele não tocou na entrevista.
O peemedebista ainda disse que no dia 1 de janeiro de 2017 marcará o início de uma oposição forte e responsável ao prefeito reeleito Clécio, observando que a eleição municipal serviu para balizar as eleições gerais de 2018, sobre a qual não quis adiantar nada, brincando: “Não há nada definido, vai depender dos cenários que virão; por enquanto estamos só taxiando”.

O HOJE QUE APONTA PARA O AMANHÃ

Célio Alício

Encerrado o pleito municipal em seu segundo turno, e confirmada a reeleição de Clécio Luís, observadores mais atentos da política local certamente voltarão as “ventas” para 2018. Sobremodo o grupo que ocupa o Executivo estadual capitaneado por Waldez Góes e com as barbas em molho quentíssimo, posto que o triunfo maiúsculo de Clécio não representou somente a derrota de seu adversário Gilvam Borges.

A derrocada dos Borges em Macapá, Mazagão e Ferreira Gomes foi também uma negativa do eleitorado em relação à gestão de WG à frente do GEA. A vitória de Clécio, especialmente, demonstra claramente o desgaste do atual governador junto à opinião pública e se expressa por meio das pesquisas que apontam mais de 60% da população reprovando seu atabalhoado governo e, ratificando esse fato, deixando de votar no candidato apoiado por ele e todo o grupo da chamada “Harmonia”.

WG certamente já deve ter acusado o “baque” da derrota peemedebista e analisado o tabuleiro político para mover suas pedras pra daqui a dois anos: Virá ele candidato à reeleição? Optará pela candidatura ao Senado? Conseguirá manter a base de aliados até o próximo pleito?

Clécio conseguiu no segundo turno colocar em seu palanque políticos que outrora caminhavam de mãos dadas com Góes e Gilvam. Que caminhos seguir? Que rumos e decisões tomar? O tempo é curto e a conjuntura política e econômica do país inibe quaisquer ousadias, e o receituário impõe recuos e doses cavalares de prudência.

As perspectivas em relação à crise nacional também não são nada animadoras, e já foi constatado que na desgraça faltam coletes salva- vidas, e o resgate foge. A cisão que começou com a saída de Davi do grupo deixou um rastro seguido por outros desertores, e a base sólida que o reelegeu em 2006 ao Palácio do Setentrião nem de longe aparenta a robustez que assombrava os adversários e lhe conferia favoritismo.

Sinal dos tempos para um edifício teso que aos poucos começa a sentir os efeitos das fissuras.

 


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