Clécio mostra que indígenas têm de ser ouvidos sobre pesquisa e exploração de petróleo
Governador, didaticamente, explica que caso prospecção confirme presença de petróleo na costa do Amapá será obrigatória audição dos povos originários, conforme determina a Organização Internacional do Trabalho

Douglas Lima
Editor
A recente manifestação de lideranças indígenas, que temem impactos ambientais caso a exploração de petróleo e gás na costa do Amapá venha a acontecer, não preocupa o governador Clécio Luís, que inclusive diz estar ”fechado” com elas, nessa preocupação.
O gestor amapaense comentou o assunto, na manhã desta terça-feira, 3, no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), justificando o posicionamento que tomou em apoio aos povos indígenas, destacando que na verdade as lideranças reivindicam o direito de ser ouvidas acerca da questão.
Didaticamente, Clécio Luís explicou que para toda exploração de óleo e gás tem que haver uma consulta pública, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Isso vai ocorrer; é uma etapa lá na frente, depois da pesquisa”, destacou.
Continuando a explicação, o governador disse que caso a pesquisa, que deverá demandar cerca de seis meses, confirme a presença de petróleo e gás, haverá a aplicação de protocolos de consulta dos povos indígenas.
O governador acentuou que as lideranças também querem ser esclarecidas acerca das démarches a respeito da pesquisa e da provável exploração de petróleo na Margem Equatorial da Foz do Rio Amazonas em razão das muitas informações soltas em relação ao assunto.
Na entrevista, o gestor amapaense ainda comentou vídeo feito pelo ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, mostrando o navio sonda que está sendo preparado no Rio de Janeiro para simulação de vazamento de óleo onde a empresa deverá pesquisar no oceano Atlântico.
Clécio anunciou reunião virtual marcada para as 11h, entre ele, o senador Davi Alcolumbre e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para tratar do hospital de fauna no Oiapoque, já licenciado mas ainda não vistoriado pelo Ibama, e do exercício simulado no caso de vazamento de óleo.
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