COP-26: Estado reúne com líderes e entidades internacionais para atrair investimentos ao Amapá
Representantes do Estado destacam mercado de crédito de carbono e cadeias produtivas sustentáveis para o desenvolvimento socioambiental.

Representantes do Amapá reúnem com líderes e entidades internacionais de mais de 190 países na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26), que acontece em Glasgow, na Escócia. O objetivo é atrair investimentos para o estado que busca aliar desenvolvimento econômico e sustentabilidade.
A conferência trata sobre temas como financiamento climático, desenvolvimento bioeconômico e enfrentamento aos efeitos do aquecimento global.
Integrada pelos titulares das secretarias do Meio Ambiente (Sema), do Planejamento (Seplan) e outros representantes do Estado, a delegação do Amapá iniciou a participação na última quinta-feira, 4, com reuniões bilaterais junto a investidores, além de entidades de finanças verdes e com autoridades do Reino Unido, com foco nas iniciativas globais e locais para neutralizar emissões de gases poluentes.
“Todos os projetos e iniciativas do Estado têm, na essência, baixo impacto ambiental. Promovemos atividades agrícolas de baixo carbono, manejo sustentável, investimentos sobre bioeconomia e seguimos para a ampliação do uso de energias renováveis. O futuro verde já é realidade no Amapá”, destacou o secretário da Seplan, Eduardo Tavares.
Florestas de pé
Já a agenda da sexta-feira, 5, abriu com o painel do Ministério do Meio Ambiente com as sessões temáticas dos estados amazônicos. A secretária da Sema, Josiane Ferreira, enfatizou a importância da ampliação de investimentos aos estados como o Amapá, que conseguem, mais que reflorestar, manter preservados os biomas nativos.
“A comunidade internacional precisa estar atenta aos resultados de quem mantém a floresta nativa de pé, que preserva biodiversidade única e detém produtos de baixo impacto e alto valor agregado. O desenvolvimento do Amapá com mais de 96% de cobertura vegetal nativa preservada é um resultado raro e fruto da qualidade técnica dos nossos projetos econômicos”, ressaltou.
Tesouro Verde
O Programa Tesouro Verde, lançado em 2018, transforma preservação ambiental em um importante componente da matriz econômica do Amapá. Por meio do Programa, riquezas naturais dão retorno social e financeiro local concreto.
Com o Tesouro Verde, o Amapá disponibiliza uma série de incentivos públicos e até linhas de crédito para que as atividades econômicas que conservam florestas nativas participem da Economia Verde do estado. A emissão do Selo Sustentabilidade Tesouro Verde é a credencial que atesta que a empresa cumpriu a cota de retribuição socioambiental do ano, adquirindo o Crédito de Floresta.
Reconhecendo boas práticas ambientais, aliando desenvolvimento e sustentabilidade, o Programa Tesouro Verde é um importante vetor de investimentos para o estado. A inovação já foi apresentada para outros estados e países, e está presente, agora, na COP-26.
Entre as entidades internacionais e subnacionais na COP-26, estão o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal – formado, além do Amapá, pelos governos do Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
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