Política

Coronavírus: Clécio diz ser inevitável, mas medidas podem minimizar pandemia em Macapá

Autoridades do município reforçam importância dos cuidados por parte da população, mas que a rede de atenção básica e os profissionais estão capacitados a lidar com o problema


Cleber Barbosa
Da Redação

O prefeito de Macapá, Clécio Luís (REDE), disse em entrevista no rádio nesta segunda-feira (16) que apesar de todos os esforços, não vê como a capital do Amapá ficar imune ao registro de casos confirmados de coronavírus. Para ele, trata-se de uma pandemia, portanto uma epidemia em escala planetária. “Não estamos fora do planeta, então ela vai chegar aqui, daí a nossa decisão de trabalhar sempre com a verdade, informar ao máximo a população

O gestor municipal disse que o planejamento de uma estratégia contra o coronavírus começou ainda no começo do ano e sendo em fevereiro já estava bem organizado, e que em março começaram as capacitações que prosseguem de modo a preparar a rede de atenção básica para os primeiros atendimentos. “Temos certeza de que cem por cento dos casos que vierem a ser confirmados serão atendidos inicialmente em nossa rede de atenção básica, com uma pequena parte no HE [Hospital de Emergência], outra parte na Maternidade, no São Camilo, na Unimed, mas a grande maioria vai entrar mesmo é nas nossas UBSs”, calcula.

Ele informou ainda que pensando sobre isso, as Unidades Básicas de Saúde foram preparadas e duas foram referenciadas: a unidade Lélio Silva, na zona sul, e a unidade Marcelo Cândia, na zona norte. Essas duas unidades estão aptas a fazer a coleta do material para o exame.

Clécio diz que Macapá reúne sim as condições para lidar com um possível agravamento do número de casos, citando a rede física com as UBSs, os profissionais de saúde capacitados, além de todo um protocolo de padrão internacional que as autoridades estão seguindo à risca.

Isolamento

Já a secretária de Saúde de Macapá, Silvana Vedovelli, orientou as pessoas que por ventura estejam acometidas de gripe comum a manterem as recomendações por repouso, hidratação, mas não há necessidade de pânico, mesmo porque se está em pleno inverno amazônico. “As recomendações são principalmente para quem fez uma viagem internacional e tem os sintomas é preciso ser triado, avaliado, enfim, pois em caso de suspeita precisa fazer o exame, além do isolamento por sete dias, caso contrário não, volta para casa”, disse ela.

Já o médico Helder, secretário-adjunto de Saúde da PMM, lembrou que embora Macapá ainda não figure nos registros do Ministério da Saúde com status epidemiológico de transmissão comunitária, a capital já considera essa possibilidade. “O coronavírus é um vírus da família da gripe como tantas outras,  grande maioria vai ser como acontece todos os anos, que acomete uma pessoa três, quatro vezes por ano, algumas mais leves, outras nem tanto, mas todas sempre benignas, sem precisar de nada adicional, e isso também vai acontecer com o coronavírus”, tranquilizou o médico.

Por fim, ele disse que essa argumentação é no sentido de se evitar o aumento desenfreado dos casos confirmados, pois isso poderá estrangular a rede de atenção básica. “Queremos evitar uma explosão do número de casos, pois aí vamos ter muito mais doentes do que o sistema de saúde pode suportar”, concluiu.


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