Política

“CRISE NÃO ACABOU”, diz Randolfe em discurso que criticou o desemprego no Amapá

Se somados aos trabalhadores subutilizados, estimados em 26 milhões de pessoas, o Brasil registra quase 40 milhões de famílias desempregadas ou subempregadas.


Brasília – Foi ao vivo, para todo o Brasil, pela TV Senado, que o senador Randolfe subiu à tribuna para falar sobre o desemprego no Amapá. O senador usou dados do IBGE e da CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe, da ONU) que revelam as taxas de desocupação em todo o Brasil. O IBGE, por exemplo, divulgou a pesquisa trimestral do emprego, revelando que no Brasil existem 12,7 milhões de desempregados “Significa 12,2% da força de trabalho do país, medida entre novembro de 2017 e janeiro de 2018. E essa taxa de desemprego cresceu em relação ao trimestre anterior, que tinha sido de 11,8%” discursou.

 

Se somados aos trabalhadores subutilizados, estimados em 26 milhões de pessoas, o Brasil registra quase 40 milhões de famílias desempregadas ou subempregadas. A CEPAL revelou no seu anuário estatístico publicado há poucas semanas, que o Brasil passa a vergonha se o país como maior desemprego dentre todos os países da América Latina e Caribe.

 

“Igualmente, no Amapá também está uma das maiores proporções de pessoas subocupadas, em trabalhos precários e mal remunerados: 30% dos trabalhadores.

Significa dizer que, no Amapá, quase a metade dos trabalhadores está desempregado ou subempregado!” revelou.

 

O discurso de Randolfe expôs ainda que os números do desemprego são maiores entre as mulheres, os negros, os jovens e as pessoas de baixa escolaridade “Outra revelação preocupante é a grave desigualdade regional, com taxas de desemprego maior nos estados periféricos”.

 

TRECHO NA ÍNTEGRA DO DISCURSO

“As tais medidas promovidas e alardeadas como solução para os problemas do país: a reforma trabalhista; a PEC do congelamento dos gastos; a política dos juros altos para o consumidor e para o empreendedor, mesmo com a queda nominal da taxa básica SELIC (nesta semana os juros do cheque especial subiram de novo, a um patamar pornográfico de 350% ao ano).

 

Nenhuma dessas medidas do receituário liberal ajudaram a resolver a crise, ao contrário, fizeram aprofundá-la e, as poucas reações, foram meros espasmos.

 

Observem que no Brasil se comemora a elevação de 1% do PIB, como o grande sinal da saída da crise! Em qualquer outro lugar do mundo, isso seria motivo de piada por parte de economistas e da imprensa.

 

Falta aos brasileiros a determinação adotada pelo governo de Antônio Costa em Portugal. Nossos irmãos lusitanos estavam, há poucos anos, em situação semelhante à nossa. A solução ortodoxa apontava para o mesmo receituário da austeridade adotado por Levi-Meireles. Mas, ao contrário do nosso, o governo português rechaçou as medidas restritivas e, com criatividade, reavivou o modelo de recompor a demanda com estímulos fiscais. Com isso, a receita tributária cresceu, o déficit público encolheu, a atividade econômica se reaqueceu, os empregos voltaram (desemprego caiu de 15% para 6%), enfim, restabeleceu-se o ciclo virtuoso do crescimento econômico.

 

Hoje Portugal é um dos países que mais cresce na Europa, sem populismo econômico, mas com segurança e sustentabilidade.

 

Infelizmente, lá do outro lado do Atlântico, nossos irmãos têm um governo que olha para o seu povo e não para os banqueiros.

 

Mas, não nos roubarão a esperança. Continuaremos a usar esta tribuna para desmascarar a farsa deste ilegítimo presidente e suas medidas sempre contra o bolso do trabalhador brasileiro e, em especial, do trabalhador amapaense.”

Agência Senado


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