Cristina Almeida cobra do GEA explicações pelo “apagão”
Em pronunciamento na tribuna da Alap a parlamentar pessebista exigiu do executivo estadual o ressarcimento dos prejuízos causados à população

Célio Alício
Da Redação
A deputada estadual Cristina Almeida (PSB) discursou no grande expediente da 32ª sessão ordinária da Assembleia Legislativa, realizada na terça-feira (10), e fez duras críticas e cobranças às autoridades estaduais e municipais acerca da responsabilidade pelo “apagão” provocado pelo incêndio na subestação de energia da Zona Norte ocorrido há uma semana e que deixou no escuro 13 dos 16 municípios amapaenses durante quatro dias. A parlamentar também cobrou das autoridades e órgãos competentes a compensação pelas perdas sofridas pela população dos municípios atingidos.
Cristina lembrou da noite de terror vivida pelos macapaenses e que se prolongou madrugada adentro com a intensificação da tempestade com raios e trovões que amedrontaram a população. Segundo ela, todos os segmentos da sociedade sofreram graves prejuízos e até mesmo os municípios não impactados diretamente pelo desastre foram indiretamente afetados, entre outros fatores, por conta das mercadorias que são transportadas da capital para esses lugares e que acabaram deterioradas devido à falta de acondicionamento adequado por conta da falta de energia.
Outro fator preocupante apontado por ela e que se soma aos prejuízos e transtornos provocados pelo “apagão” diz respeito ao recrudescimento dos números da pandemia da Covid-19 no Amapá, cujo aumento dos casos, internações e óbitos resultantes da infecção pelo novo coronavírus em todos os municípios reacenderam o alerta de que a população possa voltar a atravessar um período de grande turbulência como ocorreu nos meses de maio e junho quando a doença atingiu os picos na estatísticas de infecções, internações e mortes por Covid-19.
De acordo com a parlamentar, “aproximadamente 760 mil pessoas ficaram sem luz após o comprometimento dos geradores devido ao incêndio na subestação de energia da Zona Norte e o “apagão” por tabela afetou o já precário fornecimento de falta de água encanada e os serviços de internet, caixas eletrônicos, máquinas de cartão e postos de combustíveis que não dispunham de geradores de energia. Somente os hospitais, graças a Deus, continuaram funcionando, pois do contrário, teríamos uma tragédia de maiores proporções”.
Nesse sentido, a parlamentar encaminhou requerimento ao GEA solicitando, entre outras providências, esclarecimentos acerca da responsabilidade dos órgãos que gerenciam o setor energético e o fornecimento de energia elétrica para todo o estado; sobre o Plano de Contingência e Gestão de Crises do Estado e de todos os municípios; e, a respeito do ressarcimento dos prejuízos causados à população, com perdas de alimentos, produtos, transporte, segurança, saúde, entre outros prejuízos causados pela falta de energia.
“Não basta criticar, é preciso contribuir para diminuir o sofrimento da população que é a maior prejudicada com a tragédia. Nós deputados temos um compromisso e não podemos nos omitir diante da desgraça das pessoas. Somos humanos e sentimos na pele os efeitos da tragédia. Se para nós os transtornos da falta de energia são cruéis, imaginem para os mais pobres que constantemente são expostos a todo tipo de sofrimento. Nosso povo merece mais do que solidariedade, precisa de ações concretas por parte daqueles que foram eleitos para promover o bem-estar de cada cidadão e cidadã. Façamos a nossa parte”, concluiu ela.
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