Declaração de advogado pode prenunciar reviravolta na Operação Sindicus

A se confirmar o que disse o advogado Maurício Pereira no programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9), na manhã deste sábado, 20, haverá uma reviravolta nos efeitos da Operação Sindicus deflagrada em 28 de maio pela Polícia Civil para desbaratar as atividades de um grupo de pessoas que estaria criando sindicatos, ilegalmente, para se manter no poder na Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap).

Maurício Pereira revelou que os sindicatos citados nas investigações da PF e Ministério Público Federal, mote da Operação Sindicus, existem desde 2009, mas as pessoas investigadas assumiram cargos na Fieap a partir de 2011. “Como se vê, a motivação das prisões questionadas em juízo não se reveste de idoneidade”, destacou o causídico.

O advogado também pontuou que a formação dos sindicatos em questão sempre foi confirmada pela Justiça do Trabalho, através do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e Superior Tribunal do Trabalho (TST).

Na Operação Sindicus foram presos Josevaldo Araújo Nascimento; David Correia Velasco Guimarães; advogado José Enoilton Ribeiro Leite e a ex tesoureira da Fieap, Silvia Teresa de Sousa Pereira. Apesar de ser alvos de mandados de prisão conduzidos pela PF, a ex deputada federal Jozy Araújo; o pai dela, João Mariano do Nascimento; e Jonatas Bezerra Lisboa conseguiram se esconder e agora são considerados foragidos de justiça procurados pela Interpol. Josevaldo é irmão, e David cunhado da ex parlamentar.

No programa Togas e Becas, Maurício Pereira também falou da situação do advogado José Enoilton Leite, que vem sendo assistido pela OAB-AP. O causídico lembrou que o colega de profissão conseguiu no TRF1 o monitoramento eletrônico, depois de ter tido indeferido pedido de soltura pelo juiz federal Jucélio Fleury Neto, da 4ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Amapá.

Fotos: Joelson Palheta

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