Política
Ericlaudio diz que mortes violentas no fim de semana não significa aumento da violência
Secretário da Sejusp admite a existência de deficiências no setor e diz que o culpado é o governo federal por não ter um fundo específico de recursos para garantir investimentos na segurança pública nos estados

O titular da secretaria de estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) Ericlaudio Alencar afirmou na manhã desta segunda-feira (14) no programaLuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) que as seis mortes violentas ocorridas nesse fim de semana não significa aumento da violência em Macapá. Ele admitiu que há deficiências no setor, mas disse que o culpado é o governo federal que direciona “gotas de dinheiro” em casos de emergências sem disponibilizar um fundo específico de recursos para serem investidos na segurança pública nos estados.
“Tirando o caso do gerente do banco, que o delegado Ronaldo está avançando nas investigações do latrocínio, porque sem querer jogar pedras na vítima, ele conhecia os seus a lgozes e não tomou cuidados necessários ao abrir a porta de sua casa para ele, três morreram ao trocarem tiros com a PM durante uma abordagem depois de terem atirado em um policial, tanto que foram apreendidas com eles várias pistolas e revólveres; isso não significa aumento da violência, mas sim que a polícia está atuando com firmeza e muita competência no enfrentamento da violência”, analisou.
O secretário reclamou da falta de investimentos federais para o enfrentamento da violência: “Estivemos em Brasília depois do encontro de secretários de segurança pública de todos os estados e levamos ao ministro da Justiça e ao presidente da República várias reivindicações, entre as quais a criação de uma fonte financeira específica para a segurança pública, a exemplo do que existe para as áreas de Saúde e de Educação”.
Fiscalização nas fronteiras
Ericláudio Alencar defende uma fiscalização efetiva das fronteiras para conter o avanço da criminalidade: “Não adianta estar falando de controle da criminalidade nas fronteiras sem uma atuação efetiva, porque é pelas fronteiras onde entram drogas, armas, contrabandos e acontece trafico de pessoas, mas não há um trabalho efetivo da União; combater dentro do país o tráfico de drogas que entram principalmente pelas fronteiras do Peru e da Bolívia sem o controle das fronteiras é muito difícil; além da fiscalização das fronteiras é necessário a criação de um fundo específico para a segurança pública, acabando com medidas paliativas como jogar dinheiro em gotas para os estados em casos de emergência, como recentemente aconteceu com Rio de Janeiro e Amazonas; todos nós, secretários, batemos martelo, no sentido de que não adianta falar em política de segurança publica sem recursos, receber como legado uma pistolazinha, e viaturas; enquanto não tivermos dinheiro falar de Plano Nacional de Segurança Pública é balela”.
Mesmo diante de todas essas dificuldades o secretário diz que está otimista com os avanços que o governo do Amapá tem conquistado: “Fizemos recentemente um curso no Bope de combate ao ‘novo cangaço’, vamos construir um novo presídio com capacidade para 1 mil detentos, novos quartéis para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar e novos Ciops, temos todo um trabalho de equipamento e reequipamento das nossas polícias, inclusive até novembro vamos instalar um novo sistema de comunicação digital, além da realização dos concursos para a contratação de 300 novos soldados combatentes para a PM e 900 para o cadastro reserva, 25 delegados, 25 agentes e 60 escrivães; estamos trabalhando muito para que a segurança pública cada vez mais responda aos anseios da população”, avaliou.
Deixe seu comentário
Publicidade
