Especialista vê que Trump vai focar inicialmente nos problemas internos dos EUA
Doutor em história comparada da Unifap, Daniel Chaves afirma que presidente deve se debruçar em questões como inflação e habitação, antes das pautas internacionais; preservação ambiental também deve ficar em segundo plano

Douglas Lima
Editor
Donald Trump tomou posse para seu último mandato como presidente dos Estados Unidos, dia 20 passado, e sobre as expectativas para os próximos quatro anos de seu governo, o doutor em história comparada, Daniel Chaves apresentou análises em fala no programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9) desta quinta-feira, 23.
Daniel pontuou que o mundo vive atualmente uma “crise de expectativas”, citando os muitos problemas complexos e as múltiplos problemas, principalmente nos setores financeiro e ambiental, que afetam o governo e a população dos países. “Isso coloca a Amazônia sob uma névoa tóxica; não é uma crise material ou tecnológica, temos um mundo diferente com acesso à informação e inteligência artificial”, afirmou.
O historiador falou que Trump deve focar em lidar primeiro com os problemas internos de seu país, como aumento de custo de vida, problema da habitação e a inflação. “Os Estados Unidos estão em crescimento e não têm indicadores terríveis; um quarto da economia mundial é americana”, disse.
“O momento exige calma e pragmatismo. Trump é negociador: primeiro ele grita, depois negocia, é uma estratégia de dissuasão. Ele conhece seu eleitor, quem vota nele é o americano médio branco”, disse Daniel acerca das declarações polêmicas de Trump a respeito da anexação do Canadá e do fechamento da fronteira com o México.
Tratando da questão ambiental, apontada como maior derrota após a eleição de Trump, Daniel lamentou que quem vai sofrer são as classes menos favorecidas, ao evidenciar que o clima não envolve somente o aumento das temperaturas, mas também enchentes e até mesmo neve em regiões que não sofriam com esses eventos.
Elon Musk
Citando o papel de Musk no governo Trump, Daniel não vê o dono do ‘X’ como grande estrategista ou tomador de decisões, sendo tratado quase como um “bobo da corte”, mas que deve se fortalecer no campo empresarial e nas suas ambições de crescimento no mundo da tecnologia.
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