Política

Exclusivo: “Não traí ninguém; Randolfe sabia, desde fevereiro, que eu apoiaria o Josiel”, diz Clécio

Prefeito afirma que todos no partido [Rede] já sabiam de seu apoio a Josiel Alcolumbre e reclama dos ataques da ex-legenda: “Agora não presto mais”.


Cleber Barbosa
Da Redação

 

O prefeito de Macapá, Clécio Luis (sem partido), reclamou durante entrevista exclusiva na manhã desta terça-feira (25) ao programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) sobre a postura adotada pelo agora ex-partido [Rede Sustentabilidade] que manifestou publicamente pedido para que ele se desfiliasse da legenda após ter anunciado que vai apoiar a candidatura de Josiel Alcolumbre (Democratas) à prefeitura da capital. Clécio, nos bastidores, vem sofrendo ataques e acusações como ter traído a esquerda e virado bolsonarista. “Não posso ter prestado até ontem e agora não presto mais”, questionou.

O prefeito afirmou ter comunicado essa decisão [de apoiar Josiel] ao líder maior do partido Rede, senador Randolfe Rodrigues, ainda no mês de fevereiro, e que o anúncio só não foi público devido às circunstâncias adversas como o naufrágio do navio Anna Caroline III e a própria pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Dizendo ainda se considerar amigo pessoal do senador e do advogado Ruben Bemerguy (que é o nome do partido Rede na disputa sucessória) Clécio revelou que tentava buscar a melhor alternativa para a condução dessa aliança com o DEM. “Não era isso o que eu queria, mas, sim, combinar com o partido o que poderia ser melhor, como me licenciar, me afastar, enfim, o que fosse melhor para a legenda, mas isso não aconteceu e logo em seguida veio a nota, que considerei agressiva e que não condiz com a verdade”, ponderou.

O prefeito também lembrou que a aliança com o senador Davi Alcolumbre, presidente do Congresso Nacional, não é de agora. Disse que a própria indicação da vice-prefeita na chapa, Telma Nery, na eleição passada, foi do Democratas e que a parceria frutificou em inúmeras ações, projetos e parcerias, culminando com a eleição de Davi à presidência do Senado, quando tudo foi potencializado.

“Nós estávamos vivendo uma oportunidade nova, imperdível, não para mim, pois se fosse pensar só em mim estaria tratando da sucessão. Naquele momento estava decidido a conseguir recursos para Macapá com a ascensão do Davi, então, nós trabalhamos o ano de 2019 inteiro captando recursos, fazendo projetos, correndo atrás de ministérios, foram ‘n’ viagens a Brasília e os frutos estão aí. A cidade é um canteiro de obras e isso não é pra mim. Então, na minha cabeça, não iria tratar de política naquele ano, só em 2020, o ano de eleição”, disse.

Por fim, afirmou esperar que após uma eleição de 80 dias, tais situações sejam superadas, pois não é o fato de não estar junto de determinadas lideranças durante uma eleição que passará a tê-las como inimigas. “Fiz uma opção, que acredito ser acertada. O Josiel não é melhor do que ninguém, ele apenas reúne as melhores condições, hoje. Ele certamente dará continuidade a esse projeto que foi construído a muitas mãos”, concluiu.


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