Fator Rayssa: como a primeira-dama pode mexer com o tabuleiro político nas Eleições
A esposa do prefeito de Macapá, e, por tabela, primeira-dama, vem movimentando a bolsa de apostas entre ser candidata ao Senado ou à vice-governadora.

Cleber Barbosa
Da Redação
A eleição de Antônio Furlan (Cidadania) para a Prefeitura de Macapá, em 2020, não foi apenas uma terceira via consolidada, quando ele superou uma chapa adversária formada por um palanque recheado de nomes e lideranças fortes no Amapá. Agora, em 2022, o“prefeitão” estaria surfando uma onda de popularidade, que o fez lançar a esposa, Rayssa Furlan, como a nova aquisição do MDB. Com esse passo, ela está cotada para concorrer ao cargo de senadora ou a vice-governadora, daí, sendo classificado esse episódio como “fator Rayssa”.
Longe de ser uma sombra da administração do marido, ela sempre demonstrou luz própria, segundo gente que transita no meio político. Seguindo uma tradição, coube a ela a pasta da Mobilização Social, tendo desincumbido essa missão de maneira até discreta para os padrões atuais, com aparições mais do que midiáticas, mas muito seguras e relevantes, agregando valor ao pacote de entregas com que o novo governo municipal vem realizando.
Com índices de aprovação que estariam beirando os 80%, o prefeito decidiu que seria um bom momento de testar o que os especialistas chamam de capacidade de transferir votos.
Mais que isso, a liderança e o valor que Furlan ganhou na cena política local [desde que venceu Josiel Alcolumbre nas urnas] reforçaram o surgimento de uma nova corrente política, de centro-direita, a partir da sua união com o vice-governador Jaime Nunes – que poderá disputar o Setentrião com a retribuição do apoio que deu a Furlan há dois anos.
Só que essa retribuição poderá se consolidar em forma de uma chapa tendo ela [Rayssa] no palanque dele como candidata a vice-governadora. A primeira-dama foi anunciada como pré-candidata a senadora, mas analistas ouvidos pela reportagem dizem que na verdade foi um ‘balão de ensaio’ para viabilizar a indicação dela para formar dupla com Nunes. “Ela representa a composição ideal para um candidato a governador, por ser mulher e pelo grupo político que ela representa”, diz o consultor Heyder Barata.
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