Furlan diz que Operação da PF tem motivação política; Davi se defende e TRE-AP promove coletiva
O prefeito de Macapá também disse ter causado estranheza o fato da decisão do juiz do TRE ter saído após a homologação da candidatura de sua esposa, Rayssa Furlan, ao Senado, e reforçou a hipótese de motivação política.

Da Redação
Em pronunciamento com a presença de jornalistas, na manhã desta sexta-feira (29), Antônio Furlan (Cidadania) confirmou que a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão na residência dele [Furlan] e na Prefeitura de Macapá, durante a deflagração da operação “e-Hailing” — o termo diz respeito ao ato de requisitar um “táxi”, através de um dispositivo eletrônico, permitindo a busca por motoristas baseada na localização, em referência à utilização pelos investigados de serviços dessa natureza para o transporte de eleitores.
Segundo a PF, essa investigação iniciou a partir do 1º turno das eleições de 2020, durante o pleito eleitoral para escolha de prefeitos e vereadores dos municípios. No dia da votação do 1º turno, policiais federais abordaram um indivíduo, de 38 anos, nas proximidades do Zerão, em situação suspeita de compra de votos. No veículo foi encontrado R$ 1.200,00 em espécie, além de “santinhos” de candidato a prefeito.
Durante seu pronunciamento, nesta sexta 29, Furlan disse que a operação tem motivação política e informou que existia no TRE um conflito de competência, se caberia ao MPE ou à Procuradoria Regional Eleitoral as investigações relacionadas à possível compra de votos. Ele também admitiu ter recebido pedido de propina de uma pessoa ligada ao juiz eleitoral Orlando Souto.
“Recebemos um emissário do juiz eleitoral Orlando Souto pedindo propina para que a decisão fosse dada ao MP estadual”, acusou Furlan.
O prefeito de Macapá também disse ter causado estranheza o fato de a decisão do juiz do TRE ter saído após a homologação da candidatura de sua esposa, Rayssa Furlan, ao Senado, e reforçou a hipótese de motivação política.
“Após a nossa convenção, que ocorreu no dia 21 de julho, que homologou o nome de Rayssa Furlan como candidata ao Senado, o juiz eleitoral Orlando Souto deu uma decisão monocrática, de um inquérito que já estava arquivado pelo CNMP, dando competência para o MPF. Uma decisão de um juiz eleitoral, indicado pela OAB, com apoio do Senador Davi Alcolumbre”, disse Furlan.
Além de documentos, a Policia Federal também apreendeu os aparelhos celulares do prefeito e da 1ª-dama Rayssa Furlan.
“Fomos ameaçados de toda sorte. Josiel Alcolumbre foi a Belém ameaçar a tia da minha cunhada de que a Polícia Federal entraria nas nossas casas, e entrou, realmente entrou, está fazendo o seu trabalho. Eu acredito na Justiça, eu acredito na felicidade do povo de Macapá que hoje nos dá uma aprovação de mais de 80%, um povo que está feliz, que voltou a sorrir depois de 2 anos de pandemia e querem macular, a palavra é essa, macular a nossa imagem”, finalizou Furlan.
Através de nota, o senador Davi Alcolumbre se manifestou, explicando:
“Ao contrário do que diz o prefeito, ninguém manda no Ministério Público, na Polícia Federal e na Justiça Federal. Se ele está sendo investigado, precisa ter serenidade, e, como todo cidadão, que não está acima do bem e do mal, dar suas explicações. No entanto, não pode se defender acusando injustamente os outros – porque também vai ter que provar na justiça os ataques inverídicos que fez durante seu pronunciamento. E eu seguirei trabalhando pelo povo do Amapá”, destacou o senador do UB, em nota.
O Tribunal Regional Eleitoral promove nesta sexta-feira, 29/07, às 17h, na sede da Corte, coletiva de imprensa sobre o pronunciamento feito pelo Prefeito de Macapá, Antônio Furlan, após a operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta, 29.
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