Furlan fala sobre articulação política e destaca principais ações que tomará na PMM
Em conversa no programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM), o novo prefeito da capital destacou seu plano de governo, perfil técnico do secretariado e articulação política.

Railana Pantoja
Da Redação
Durante conversa no programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM), na manhã desta segunda-feira (2), o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (Cidadania), destacou algumas das propostas de governo que pretende executar na capital durante seu mandato e falou sobre articulações políticas feitas ainda em campanha.
Diário- O senhor teve apoio de políticos. Tem buscado respaldo junto ao Ministério Públicopara composição da equipe de governo?
Furlan- Com certeza. Tenho um irmão que é membro do MP, o promotor João Furlan, e a secretária de Planejamento, Fernanda Cabral, que era do Ministério e foi cedida para a prefeitura. Na parte política, os acordos precisam ser cumpridos, tanto que a secretária de Assistência Social é a ex-candidata Patrícia Ferraz, que nos apoiou no segundo turno e é dentista, tem perfil técnico. E o secretário da Semdec é uma indicação do ex-candidato Cirilo Fernandes. Estamos buscando avaliar as questões jurídicas do candidato e o perfil técnico, além da questão política que não podemos esquecer. Sou muito metódico, vejo que precisamos avaliar passo a passo. Sei que precisamos indicar tudo o mais breve possível, mas temos que ter convicção. Não indico por indicar e correr risco de problema lá na frente. A nossa intenção é ter todo o secretariado até sexta (8).
Diário- O senhor fala em “gastar menos e fazer mais”. Como fazer isso sem aumentar a arrecadação de impostos?
Furlan- Começa pela reforma administrativa, que visa enxugar a máquina pública, diminuir a folha salarial, mas sem impactar negativamente os serviços da prefeitura. Vamos, também, investir em tecnologia. As secretarias precisam estar integradas para oferecer mais serviço e diminuir a burocracia. Vamos discutir, sempre em parceria com a Câmara de Vereadores, a oportunidade de Parceria Público-Privada (PPP). Por exemplo: temos algumas praças abandonadas em Macapá que poderiam ser cuidadas por empresas locais, arcando com os custos de manutenção. A contrapartida às vezes é um outdoor com nome da empresa, um espaço de publicidade; coisas que, da minha parte, não vejo dificuldade.
Diário- O senhor falou em Câmara. Acha impossível governar um município sem apoio de uma bancada, um líder?
Furlan- Líder de governo tem em qualquer cenário. Os vereadores, assim como os prefeitos, foram eleitos para cuidar da população. Então, quando mandamos pra Câmara um projeto que tem como objetivo melhorar a vida da população, a Câmara tem que votar, os vereadores foram eleitos pra isso. Tenho conversado com eles, os vereadores estão muito animados em fazer um bom trabalho, e acredito que não teremos dificuldades. Estamos vivendo um momento difícil e a sociedade não permite mais a prática do “toma lá, da cá”, você discute e trabalha em prol da população.
Diário- Como está sua relação com a Bancada Federal?
Furlan- Já conversei com os oito deputados federais, coloquei a prefeitura à disposição e eles colocaram seus mandatos à disposição, também. Já estou conversando com senadores, tudo tranquilo em prol da população. Com o presidente do Senado, Davi, ainda não tive oportunidade, mas tenho agenda em Brasília semana que vem e devo ter audiência com ele. Repito: o palanque político já foi desfeito.
Diário- Como pretende melhorar o tráfego de veículos e a mobilidade urbana?
Furlan- É uma questão importante, que pontuamos muito na campanha. Quando falamos de mobilidade urbana, temos quatro elementos: pedestre, carro, ciclistas e ônibus, mas nem sempre você consegue colocá-los na mesma via, e aí começamos a discutir a mobilidade urbana. Eu falei muito durante a campanha, e nós vamos fazer, a licitação do transporte público. É fundamental oferecer transporte público de qualidade à população. A CTMac vai ter uma atenção especial, com pessoas que entendem de trânsito e da nossa realidade.
Diário- Em relação ao enfrentamento à Covid, o senhor já tem noção de como está a situação em Macapá?
Furlan- Hoje (4) tenho uma reunião com o presidente estadual do Comitê de Covid, Dr. Pedromar Valadares, que vai nos apresentar um protocolo médico que deu muito certo em outro estado. A partir daí, vamos começar a tomar decisões. O decreto assinado pelo ex-prefeito Clécio vigora até o dia 6 de janeiro, então, tenho hoje e amanhã (5) para tomar decisões. Defendi durante a campanha que não aumentaria as medidas restritivas, pois estamos vendo a deterioração da economia. Vamos ouvir o Dr. Pedromar, ver os números e, se preciso, prorrogar por uma semana o decreto vigente, até que tenhamos conhecimento total e implantemos nossa linha de atuação.
Diário- Já foi possível avaliar a questão do retorno das aulas, em 2021?
Furlan- Isso é uma questão emergencial da tomada de decisão, tanto que nossa primeira reunião é com o presidente do Comitê Covid, representantes da saúde e educação do município. Precisamos discutir como ocorrerá esse retorno, se vai ser presencial, misto, semi-presencial, totalmente online; após discussão, tomaremos a decisão. Não vai demorar muito.
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