Governador Clécio é destaque em evento internacional de petróleo e gás, no Rio
Gestor amapaense já prevê diversificação da economia do estado com recursos que serão gerados pela extração e comercialização dos combustíveis fósseis da Margem Equatorial

Douglas Lima
Editor
O governador Clécio Luís planeja diversificar as atividades econômicas do Amapá com parte dos royalties e outros dividendos que virão com a futura exploração de petróleo na costa atlântica do estado, tomando como exemplo a Noruega, país ambientalista que trabalha com óleo e gás, que mais contribui para o Fundo Amazônia e ainda tem vários segmentos de geração de emprego e renda financiados por recursos oriundos dos combustíveis fósseis.
O gestor amapaense manifestou a intenção em entrevista telefônica ao Sistema Diário de Comunicação, na manhã desta terça-feira, 28, diretamente do Rio de Janeiro, onde se encontra com o diretor-presidente da Agência Amapá, Wandenberg Pitaluga, participando da Offshore Technology Conference (OTC Brasil), evento internacional voltado para tecnologia offshore, organizada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) em parceria com a OTC Global.
A fala do governador foi antes da abertura da OTC Brasil, que conta com cerca de 20 mil participantes de 20 países, 150 palestrantes e duzentos expositores. Clécio participou da cerimônia de abertura e na pauta está inscrito como um dos palestrantes para falar das peculiaridades atrativas do Amapá, para negócios, como o posicionamento estratégico, preservação da natureza, bioeconomia e seguranças jurídica, econômica e política, além da potencialidade para atrair investimentos na cadeia de petróleo e gás natural.
O gestor lembrou que esteve em Houston, nos Estados Unidos, com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, em maio passado, participando da Offshore Technology Conference Global, oportunidade em que expôs o Amapá, sendo bem aceito naquela circunstância em que a empresa estatal ainda não tinha recebido licença para prospecção na Margem Equatorial, mas que mesmo assim conseguiu trazer ao Amapá um grupo de empresários que foi ao Oiapoque e outro que visitou a Expofeira, em setembro.
“Agora, com a licença, viramos mais do que nunca o ponto de atração do mundo. Vamos falar de óleo e gás, das nossas potencialidades. Na OTC Brasil nenhum estado pode ter estande, mas isso foi autorizado, aqui, somente ao Rio de Janeiro, como estado-sede do evento, e ao Amapá, devido à nossa situação privilegiada”, descreveu o governador Clécio, dizendo também que o estado quer petróleo, não porque precise dele como matriz energética, mas economicamente, “pois já conseguimos sair da produção de energia a óleo diesel, hoje temos hidrelétricas e trabalhamos para ser muito fortes em energia solar, energia eólica e de biomassa”, completou.
O gestor amapaense observou que em virtude da Petrobras e o Brasil precisarem urgentemente de petróleo, para não se tornar novamente importadores desse produto, a exploração na Margem Equatorial Foz do Amazonas deve iniciar daqui a cinco anos, ou um pouquinho mais, de maneira que o estado, conforme disse, tem que se preparar para esta fonte de riquezas sem deixar de continuar sendo o mais preservado do país e empregando parte do recursos para investimentos em outros setores da economia, como faz a Noruega.
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