Jucá descarta intervenção no MDB do Amapá, mas impõe duas candidaturas ao Senado
Porta voz do partido, Reginaldo Borges pondera que decisão final vai depender das articulações para formação de alianças com as siglas que vão compor as coligações que terão como cabeça de chapa o governador Waldez Góes.

Presidente nacional do MDB, o senador Romero Jucá divulgou um vídeo em que ratifica declarações dadas por ele no mês passado de que por decisão da executiva nacional o partido terá que ter duas candidaturas ao Senado.
O posicionamento de Jucá foi em resposta a questionamento feito pela ex-deputada Fátima Pelaes por causa de recente deliberação do MDB local que fechou questão ao priorizar o nome de Gilvam Borges na disputa, condicionando a possibilidade da ex-ministra das Mulheres à aceitação das duas candidaturas pela coalisão de partidos aliados do governo.
Romero Jucá descartou uma intervenção no diretório regional do MDB, pedida por Fátima Pelaes, mas alertou que a executiva nacional vai exigir o cumprimento da deliberação com o registro das duas candidaturas e que vai acompanhar de perto o caso. Também por meio de vídeo divulgado com exclusividade no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) nesta quinta-feira (05), a ex-deputada afirmou que é pré-candidata ao Senado e não abre mão de concorrer ao cargo.
O apresentador do programa tentou, sem êxito, contato telefônico com o ex-senador Gilvam Borges, mas foi atendido pelo seu porta voz, jornalista Reginaldo Borges. Segundo ele, “não há a mínima possibilidade de intervenção no diretório nacional porque o partido cumpre à risca todas as diretrizes nacionais”, mas deixou claro que, por ser aliado histórico do PDT, o registro das duas candidaturas vai depender da aceitação das duas candidaturas pelo cabeça de chapa, o governador Waldez Góes.
“Não há, como se aventou, qualquer possibilidade de intervenção, e isso foi dito pelo próprio presidente; deve ter havido um pedido nesse sentido, que foi negado; o MDB do Amapá tem se comportado de maneira condizente com as diretrizes do partido e o presidente, senador Gilvam tem militância de 28 anos no partido, que tem aqui como liderança maior o presidente Sarney, que foi senador por 24 anos. E o senador Gilvam é o pré-candidato preferencial, mas em hipótese alguma se descarta o nome da ex-deputada Fátima na disputa, mas tudo vai depender da aceitação ou não das duas candidaturas pelos partidos que comporão as coligações com o PDT”, ressaltou Reginaldo, que acrescentou:
– O próprio senador Romero Jucá falou que não vai haver intervenção porque não há motivo; e é preciso considerar que uma intervenção não é simples, há uma certa complexidade; cada diretório estadual tem a sua característica, a sua peculiaridade, realidade regional e a executiva nacional não tem como interferir e um diretório, seja Alagoas, Rondônia ou qualquer outro se as diretrizes do partido são respeitadas. Ninguém tira os méritos da deputada Fátima, mas é preciso deixar claro que há critérios para a formação de coligações. O senador Gilvam inclusive pediu oficialmente um encontro com o governador Waldez para definir esse quadro, e é ele quem vai dizer se a coalizão de partidos liderada por ele vai aceitar as duas candidaturas do MDB.
Deixe seu comentário
Publicidade
