Política

Juiz federal concede liberdade provisória a presos da segunda fase da operação Shoyu no Amapá

A fiança individual para Gilcimar Pureza e Daniel Sebben foi estabelecida em mais de dez mil reais


Paulo Silva
Editoria de Política

 

O juiz Jucélio Fleury Neto, da 4ª Vara Criminal da Justiça Federal do Amapá, concedeu liberdade provisória com fiança para Gilcimar Barros Pureza (ex-presidente da Organização das Cooperativas do Brasil no Amapá, e que já havia sido preso pela PF na operação Senhores da Fome) e Vanderley Daniel Sebben Filho (ex-secretário de Desenvolvimento Rural do Amapá, ligado ao cultivo da soja), presos pela Polícia Federal na quinta-feira (14) da semana passada quando quatro operações foram deflagradas com objetivo de desarticular organização criminosa que atua em grilagem de terras, regularização fundiária e licenciamentos de supressão vegetal, dentre outras práticas criminosas, no Amapá.

 

A liberdade provisória para os dois foi concedida mediante fiança individual no valor de R$10.450,00, sendo imposta, ainda, em substituição à prisão as seguintes medidas cautelares: recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana; proibição de ausentar-se da comarca sem autorização judicial prévia; proibição de manter contato, por qualquer meio disp on&iacut e;vel, com testemunhas e outros acusados ou envolvidos no esquema criminoso em investigação; proibição de entrar em contato com qualquer servidor dos órgãos ambientais e de regularização fundiária do Estado do Amapá; e a manutenção da proibição de desenvolvimento de atividade econômica, nos moldes em que já determinado em decisão passada.

 

Em caso de descumprimento das medidas determinadas, o juiz poderá, a requerimento do Ministério Público, inclusive, decretar novamente as prisões, bem como decretar a quebra da fiança.

 

No mesmo processo também houve pedido de prisão preventiva para Paulo Robson Carneiro Gondim, Daniela Soraia Sebben Braz Costa (alvo de busca e apreensão) e Luiz Guilherme Cavalcante de Melo (prisão).

 

As ações do dia 14 de maio, segunda fase da Operação Shoyu, Operação Imisção, Operação Premonição e Operação Conchavo, resultaram de trabalho em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e foram um desdobramento da Operação Shoyu, realizada em fevereiro de 2019.

 

Cerca de 90 policiais federais deram cumprimento a cinco mandados de prisão preventiva, em Macapá, Santana e no Maringá/PR e 25 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Macapá e Santana (15), e nos estados do Ceará (1), Goiás (1), Mato Grosso (3) e Paraná (5).

 

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de integrar organização criminosa, falsificação de documento público e particular, falsidade ideológica, usurpação de bem da União, desmatamento, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, advocacia administrativa e invasão de terras públicas.


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