Liberdade do ex presidente Lula polariza debate na Diário FM
Discussão foi no programa ‘Togas e Becas’

Douglas Lima
Da Redação
Debate no programa ‘Togas e Becas’, na manhã deste sábado, 9, deixou claros dois detalhes que vêm colocando em dúvida grande parte da população: ao ser posto em liberdade, Lula foi absolvido do crime que lhe é imputado? O ex presidente do Brasil é elegível?
As respostas, segundo os debatedores, são dois nãos. Lula não foi absolvido nem pode se candidatar a cargo eletivo. Os debatedores foram o âncora do programa, advogado Helder Carneiro; os também advogados Wagner Gomes e Ewaldyr Mota, membros do ‘Togas e Becas’; deputado e professor constitucionalista, Paulo Lemos; e o delegado de polícia civil aposentado, Flávio Souza.
Paulo Lemos mostrou que por ter sido julgado e condenado por um colegiado, o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva é inelegível, quer dizer, não pode se candidatar a Presidente da República nem a outro cargo eletivo. Quanto à liberdade, essa condição não o absolve,explicou o doutor Wagner Gomes, porque o processo tem continuidade, e quando transitado em julgado é que se saberá se ele volta pra cadeia ou não.
O delegado Flávio Souza pontuou que ao derrubar o entendimento de cumprimento de pena a partir da 2ª instância o STF agiu tardiamente, mas de forma correta. O advogado Helder Carneiro concordou, afirmando que as pessoas só podem iniciar cumprimento de pena com o trânsito em julgado, como determina a Constituição Federal.
A soltura de Lula mexe com o tabuleiro político do país? Outra questão levantada no programa radiofônico. Para Helder Carneiro, o presidente Bolsonaro agora passará a ter uma verdadeira oposição de esquerda, mantendo a oposição que tem entre os seus próprios aliados.
Paulo Lemos observou que com a prisão de Lula a esquerda brasileira teve oportunidade de construir novas lideranças, mas por ter se dividido, deixou de atuar com eficiência, abrindo espaço para a corrente de centro fazer uma melhor oposição a Bolsonaro.
O deputado também observou que com a fragmentação da esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, em liberdade, vai ser o responsável pela aglutinação que certamente haverá, já para as eleições municipais do próximo ano.
Doutor Wagner Gomes disse que politicamente, apesar de Lula, não vê um grande nome de esquerda no país, mas que com o ex presidente solto certamente o Partido dos Trabalhadores terá fôlego para concorrer como cabeça de chapa em várias capitais e cidades do país.
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