Lucas Barreto faz apelo para governo federal iniciar processo de desenvolvimento a partir do Amapá
Senador pediu a inserção da BR-156 no Plano de Obras e criação de alternativa para escoamento da produção através do Rio Amazonas.
Durante a Sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado na noite desta terça-feira (26), quando o ministro Tarcísio Gomes de Freitas apresentava as diretrizes do governo para o setor, o senador Lucas Barreto (PSD/AP) fez um apelo veemente para que o governo federal inicie o processo de desenvolvimento do Brasil a partir do Amapá. Ele pediu a inserção da BR-156 no Plano de Obras e criação de alternativa para escoamento da produção através do Rio Amazonas, justificando que é o meio de transporte mais barato e mais ágil do que o rodoviário e o ferroviário.
“Eu quero aqui fazer apelo ao nosso Ministro e aproveitar também para usar as palavras do senador Wellington, ao refutar que Mato Grosso precisa desse desenvolvimento; mas tive oportunidade ouvir a explanação do Ministro sobre o Plano Ferroviário, que contempla Miritituba e Rondonópolis; no Amapá temos a BR-156, que também vai para Miritituba; é importante também que se coloque no Plano de Obras o estudo do arcolamoso da Foz do Amazonas, porque o escoamento da produção sai muito mais barato e econômico, porque o Amapá é bem mais perto; o que precisa é de um estudo da Marinha para aumentar pelo menos 1,20 metros o calado, para que possamos ter navios subindo o Amazonas para Miritituba, transportando não só 54 mil, mas de 90 a 100 mil toneladas através de grandes barcaças no Rio Amazonas”, ressaltou.
O senador também pediu a conclusão da BR-156: “Peço a atenção do Ministro ao fato de que temos lá no Amapá a BR-156, que é a obra do governo federal brasileiro mais antiga do Planeta, com 70 anos; temos aqui um documento do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura), onde, aliás, o senhor foi diretor executivo, anunciando 100 mil quilômetros, mas não vi essa obra no seu Plano; lá foi feita uma ponte binacional que liga a França ao Brasil, onde gastaram milhões e milhões de reais para que o país tenha acesso ao Merconorte, inclusive podendo acessar o Caribe e trazer o Caribe para cá, mas até agora nada!”, reclamou.
Lucas Barreto estendeu o apelo ao senador Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido, que também faz parte da Comissão: “Aqui tem o filho do nosso Presidente e meu amigo Flávio; já passaram 37 presidentes e a BR-156 não foi concluída; mas tenho certeza que o presidente Jair Bolsonaro vai fazer essa gentileza para o Amapá, pois temos direito e queremos ter uma BR; sem esquecer que por decreto o governo federal destinou 73% da área territorial do Amapá para reservas, por decreto, sem ouvir nenhum amapaense; quero pedir ao Presidente para ouvir com carinho, porque o Amapá agora tem voz nesta Casa, e estamos lutando pelo desenvolvimento do Amapá; todos os outros estados se desenvolveram, mas puxaram a escada para o Amapá, sob a alegação de que é o pulmão do mundo”, criticou, finalizando:
– Mas pergunto, quanto custa manter a preservação? Fizeram uma hidrelétrica, inundaram 70 quilômetros e não se ouviu nenhuma voz em defesa da floresta e não houve nenhuma compensação ambiental, nem social; por isso fica pedido ao meu amigo Fávio, vamos desenvolver o pais, mas começando pelo Oiapoque, pelo Amapá; peço isso em meu nome, em nome do povo do Amapá e do presidente do Senado, o senador Davi Alcolumbre. O senador Lasier diz que vai fazer uma estátua; ora, tem um governador que fez 13 quilômetros no Ramal do Bacabinha, no Amapá, e ganhou um busto; eu posso garantir que asfaltando a BR-156 o senhor vai ganhar uma estátua completa – brincou.
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