Marcos Roberto ratifica aliança com Waldez e afirma que vice pode ser do PT
Vice-presidente da sigla no Amapá, advogado diz que não existe ‘plano b’ e acredita que STF vai rever a prisão após condenação em 2ª instância ainda nesta semana.

Vice-presidente do Partido dos Trabalhadores no Amapá, o advogado Marcos Roberto reiterou nesta segunda-feira (09) no programa Luiz MeloEntrevista (DiárioFM 90,9) que não há ‘plano b’ para a candidatura de Lula à Presidência da República, e que acredita na possibilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) rever a prisão após condenação em 2ª instância. Ele disse também que a prisão de Lula é uma tentativa de retirá-lo da disputa eleitoral pelo fato de que o ex-presidente lidera todas as pesquisas.
“A gente tem falado desde o início que o PT vinha sendo alvo de golpes, a partir do impeachment da presidente Dilma, tanto que muitos dos envolvidos no processo, inclusive o Eduardo Cunha, que presidiu, está preso. E agora não satisfeitos só com retirada da presidente Dilma estão querendo tirar o Lula da disputa eleitoral porque ele lidera todas as pesquisas. Mas a gente continua na luta, nosso candidato é o presidente Lula, é um candidato que o povo quer votar. Trata-se de mais uma manobra para agredir a democracia. Os advogados têm feito a sua parte e vão conseguir reverter mais essa medida ilegal do decreto da prisão pelo juiz Sérgio Moro”, opinou.
Para o petista, a revisão da prisão após condenação em 2ª instancia é questão de dias: “Há real possibilidade da prisão em 2ª instância ser revista e isso deve ocorrer ainda nesta semana, com o julgamento de uma ADC (Ação Direta de Constitucionalidade). É importante destacar que não se trata especificamente de Lula, mas sim de todas as pessoas que se encontram nessa mesma situação. A ministra Rosa Weber foi muito clara no voto, quando votou a favor da prisão, ao dizer que ela votaria diferente se a ADC estivesse em pauta. Em tese a maioria para a revisão está consolidada”.
Marcos Roberto criticou a decisão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, de colocar em pauta dois Habeas Corpus (HC) para serem julgados antes da ADC, que versam sobre o mesmo assunto:
– Isso é uma forma de ela tentar adiar uma decisão que se impõe por parte do Plenário do STF. É como disse um delegado da Polícia Federal, é a mesma coisa que, como exemplo, tiver uma proposta para acabar com a pena de morte e o Supremo preferir votar dois HC pedindo a suspensão do decreto de morte a dois condenados. Nesse caso, até julgar a extinção, os dois condenados já estão mortos. Como advogado que sou, espero que a Constituição Federal seja respeitada. A presunção da inocência é Cláusula Pétrea, por isso eu espero que não seja mudada, até porque não pode ter mudança. Eu creio que se uma das duas ADC’s que aguardam julgamento do Plenário sejam colocadas em pauta, a Constitucional vai voltar a valer.
Alianças no Amapá
Marcos Roberto disse que a prioridade do partido é a eleição de Lula para a presidência e de deputados federais, inclusive no Amapá, onde apesar de ainda não ser uma decisão definitiva de coligação, há uma aliança com o governador Waldez Góes, por fazer parte do governo e pelo fato de que o PDT é aliado do PT em nível nacional:
– Hoje o PT compõe com o governo Waldez Góes, que será candidato à reeleição, por isso possibilidade grande de consolidar uma aliança e isso será definido em nossa reunião que ocorrerá no dia 21 de junho, quando as candidaturas serão definidas; mas ainda não é, por assim dizer, ‘prego batido, ponta virada’ porque nós continuamos avaliando, conversando com todos os partidos de esquerda. O PDT nacional tem sido grande parceiro, votou contra o golpe e expulsou quem votou a favor, assim como senador Capiberibe (PSB) tem se manifestado contrário, inclusive ele tava em São Bernardo (SP) para prestar solidariedade ao Lula.
Pergunta se o PT deve reivindicar a vaga de candidato a vice-governador, Marcos Roberto disse que sim: “Deliberamos em nosso último encontro que não iríamos lançar candidatos ao governo e ao Senado, mas que pela história do Partido dos Trabalhadores nós reivindicaríamos a vice e suplência de senado, e estamos nesse caminho”.
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