Política

Mesmo com derrota em plenário, Janete defende cotas para mulhe

Falta de votos



 

Por falta de votos, o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nessa semana a emenda apresentada pela bancada feminina à reforma política (PEC 182/07, do Senado) que garantia um percentual de vagas no Legislativo para as mulheres. Foram apenas 293 votos a favor do texto, mas o mínimo necessário era de 308. Houve 101 votos contrários e 53 abstenções.

O texto previa uma espécie de reserva de vagas para as mulheres nas próximas três legislaturas. Na primeira delas, de 10% do total de cadeiras na Câmara dos Deputados, nas assembleias legislativas estaduais, nas câmaras de vereadores e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Na segunda legislatura, o percentual subiria para 12% e, na terceira, para 15%.

As vagas deveriam ser preenchidas pelo sistema proporcional. Se a cota não fosse preenchida, seria aplicado o princípio majoritário para as vagas remanescentes.

A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), defendeu a proposta afirmando que a capacidade parlamentar das mulheres está igualada a dos homens, e que os espaços devem ser abertos para todos, independente do gênero. “Não queremos superar os homens, mas atingir a igualdade. Ainda precisamos enfrentar o modelo político que exclui a participação das mulheres de forma maciça”, disse.

O líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), disse que o aumento da participação de mulheres no Parlamento envolve uma batalha jurídica, política e cultural. Segundo ele, o baixo percentual de mulheres na Câmara dos Deputados (9,9% das vagas, enquanto as mulheres são 52% da população) é “uma sequela de uma estrutura patriarcal e machista que transborda do ambiente familiar para as relações sociais e instâncias do poder público”.


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