“Minha responsabilidade primeira é com o Amapá, a Amazônia e o Nordeste”, diz futuro ministro Waldez
Virtual titular da pasta da Integração e do Desenvolvimento Regional, o ainda atual governador do Amapá dá primeira entrevista depois de ter nome anunciado por Lula da Silva

Douglas Lima
Editor
Em sua primeira entrevista no Amapá, depois de ter seu nome anunciado pelo presidente diplomado Lula da Silva como ministro da integração e do desenvolvimento regional , o ainda governador do estado, Waldez Góes, na manhã desta sexta-feira, 30, esclareceu que a sua próxima função será trabalhar para a integração regional e o desenvolvimento do Brasil inteiro, sem nunca esquecer que os menos favorecidos com indicadores mais baixos com necessidade de avançar estão no norte e nordeste do país.
Waldez falou quando entregava o Canal da Mendonça Júnior, na zona central de Macapá, todo revitalizado. Na ocasião, ele também anunciou para a tarde a inauguração do Viaduto da Integração, em ponto de influência da Lagoa dos Índios, antecipando que a continuação e conclusão da obra da rodovia Norte-Sul, que consolidará a conexão terrestre dessas duas zonas da cidade, caberá ao futuro governador do Amapá, Clécio Luís. O ministro aventou a possibilidade de toda a estrada ser entregue dia 4 de fevereiro de 2023, data de aniversário da capital amapaense.
O governador Waldez Góes disse que ser ministro é uma honra muito grande, não só para ele, mas também para o Amapá e a Amazônia. Pontuou que a pasta que ocupará tem importância significativa em termos de desenvolvimento regional e também de integração nacional, cuidando de áreas como a Defesa Civil, Sudene, Sudam e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, a Codevasf. Mas, como disse Waldez, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional ainda tem a função de dar resposta imediata para questões de sinistro e desastre.
O futuro ministro registrou que as suas atribuições como titular da pasta que ocupará no governo federal em parte já experimentou como presidente do Consórcio da Amazônia Legal, defendendo o desenvolvimento regional. “Nós somos um país de muita diversidade, de dimensão continental, de diferenças entre as regiões e é necessário que tenhamos planos bem definidos e estratégicos, prioritários para aquilo que tem maior identidade por região. Isso é o desenvolvimento regional: respeitar as identidades e diferenças regionais, e integrar, depois disso, com as outras regiões do país”, ensinou Waldez.
O governador amapaense lembrou que no cargo hoje ocupado pelo governador do Pará, Helder Barbalho, fez consórcio com o Nordeste e o Centro-Oeste brasileiros, e com o Sul e Sudeste, em menor conta, mas que como ministro terá que trabalhar por todas as regiões do país, sem nunca esquecer que os menos favorecidos com indicadores mais baixos com necessidades de avançar no processo de desenvolvimento estão no Norte e Nordeste. “A prioridade da pasta é olhar para o Brasil inteiro, mas sempre com um peso e uma luta maior avaliando as populações do Norte e Nordeste”, completou.
Como presidente do Consórcio da Amazônia Legal, Waldez Góes também lembrou que envidou esforços para elaboração de um plano estratégico para a Amazônia e para um plano de combate ao desmatamento ilegal, o Plano de Recuperação Verde, e que ainda buscou alternativas de desenvolvimento sustentável, sempre dialogando com o Norte e o Centro-Oeste. “Isso, certamente, influenciou não só os governadores, senadores e deputados que atuam no Congresso Nacional, mas o próprio governo eleito, que sabe do tamanho que nós temos de experiência vivida, idade, e da vontade de servir ao país, obviamente que começando todos os dias servindo ao Amapá, à Amazônia e ao Nordeste, e depois o restante da Nação brasileira”, ilustrou o futuro ministro da integração e desenvolvimento regional.
Indicação
“Estou muito gratificado. Agradeço ao senador Davi. Foi uma indicação muito aceita também pelos outros agentes políticos. Enquanto ministro eu for, vou estar licenciado das minhas funções partidárias para cumprir esta missão pelo Brasil. É uma discussão que eu estou tendo ainda com o presidente Lupi, mas existe basicamente uma vontade muito grande que interinamente o Teles Júnior assuma o PDT no Amapá. Temos uma diretoria e é preciso que haja um consenso no partido. O certo é que a gente vai fazer tudo dentro do que exige a fundação partidária, o estatuto e as regras legais do sistema eleitoral”, explicou Waldez Góes que há 34 anos pertence ao PDT.
O governador esclareceu que como ministro não vai cuidar apenas da pasta, mas também da missão política na articulação com o Congresso Nacional, e que por isso, por uma questão de ética, não exercerá funções partidárias. Ele ressaltou que o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional pode apresentar outras configurações, à luz dos trabalhos que a transição realizou, mas que sobre isso terá uma noção já na próxima segunda-feira.
O futuro ministro reconheceu que a sua nomeação acrescenta na representatividade federal muito forte que o Amapá tem em Brasília, liderada pelo senador Davi, os outros senadores e a bancada de deputados. “Isso, para o Amapá, é muito significativo. Eu começo minhas ações com responsabilidade com o país, mas nunca esquecendo que a minha responsabilidade primeira é com o Amapá, a Amazônia e o Nordeste; depois com outras regiões. A gente tem o dever de servir de uma forma mais especial e observando sempre a questão das desvantagens nos indicadores sociais, humanos e de desenvolvimento econômico”, concluiu.
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