Ministro Kassab anuncia continuidade do projeto de superalimentos no Bailique
Segundo o deputado federal Marcos Reátegui (PSC), projeto desenvolvido pela Universidade do Rio Grande pode revolucionar a economia da Região

Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (16) ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), o deputado federal Marcos Reátegui (PSC) antecipou, com exclusividade, o anúncio feito pelo ministro das Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), de que, ao contrário do que foi cogitado anteriormente, o projeto de superalimentos que a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), de Rio Grande (RS) está executando no Arquipélago do Bailique não será paralisado. Kassab passou todo o dia cumprindo agenda em Macapá, participando, inclusive, da abertura da Virada Cultural Afro, na Fortaleza de São José.
“O ministro Kassab que também acumula a pasta da Ciência e Tecnologia cumpre agenda hoje (sexta-feira) em Macapá e nos traz a boa notícia da manutenção do projeto de desenvolvimento de superlalimentos nas ilhas do Bailique, desenvolvido pela Universidade do Rio Grande, que abarca o açaí e o camu-camu, aquela plantinha que fica submersa cinco meses e o resto fora da água, que tem 30 vezes mais Vitamina C que a acerola; essa fruta também está sendo estudada de forma relevante, com resultados altamente satisfatórios, com enormes perspectivas de contribuir decisivamente para o aquecimento da economia da Região”, previu Reátegui.
Propriedades do camu-camu
O fruto de camu-camu, de grande abundância nas várzeas da Amazônia, de onde a planta é nativa, em muito se assemelha jabuticaba, porém suas sementes são bem pequenas e com uma concentração de vitamina C (de 2870 a 6.100mg), superior 120 vezes mais que a laranja (41,0 mg de vitamina C), 60 vezes mais que o limão (100mg) e muitas vezes superior a acerola (1.790 mg de vitamina C).
Trata-se de uma pequena árvore que frutifica entre os meses de novembro a março. A floração ocorre durante praticamente o ano inteiro, sendo que os menores índices de produção ocorrem entre os meses de abril a julho. Os frutos são globosos, com 10 a 32 mm de diâmetro, de coloração vermelho escura passando ao roxo escuro ao final da maturação, possuindo uma polpa ácida com 2 a 3 pequenas sementes por fruto. Desde 1980 o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) vem estudando o camu-camu nos aspectos agronômico, biológico e tecnológico dos frutos.
Estes estudos, que também são feitos pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg) já apresentam resultados concretos para orientar a agroindústria. Constam da lista das futuras matérias-primas das indústrias de medicamentos, cosméticos, alimentos e bebidas. Empresas do Brasil, Estados Unidos, Japão e Comunidade europeia querem comprar grandes quantidades de camu-camu, segundo o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Kaoru Yuyama, que há dez anos investiga as possibilidades econômicas de plantio.
Pesquisas recentes verificaram que o alto teor de ácido ascórbico do camu camu é um poderoso antioxidante na eliminação de radicais livres, proporcionando retardamento no envelhecimento. Pesquisas realizadas por médicos norte-americanos constataram que a ingestão diária de 1 grama de camu-camu liofilizado em pó e em jejum, em até 2 horas, elimina os sintomas de ansiedade, alterações de humor e depressão.
De acordo com o pesquisador, o uso diário de camu-camu fortalece o sistema imunológico, promove a vitalidade das pessoas com deficiências orgânicas, fortalece o sistema nervoso, aumentando no homem a potência sexual; apoia a formação de células brancas do sangue, combatendo algumas espécies de câncer; promove a eliminação de toxinas do corpo e em especial do fígado; estimula o sistema cardíaco, circulatório; evita o stress (que pode levar a depressão); auxilia no tratamento de câncer de mama; aumenta a resistência, combatendo a gripe e pneumonia inclusive em crianças e pessoas de terceira idade; e auxilia no tratamento de prostatite e câncer de próstata.
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