Política

“Não há possibilidade de terceira via para governo estadual e presidência da República”, diz especialista eleitoral

Consultor político e estrategista eleitoral, Heyder Barata calcula que articulações por uma “terceira via” demoraram muito e que Clécio e Jaime deverão polarizar a disputa local.


Cleber Barbosa
Da Redação

 

A cada nova eleição, muita gente especula sobre o surgimento de uma eventual “terceira via” que possa despontar como uma alternativa para a corrente política que governa o país – ou o estado – sem que seja necessariamente oposição ou situação. Mas, um especialista ouvido pelo Diário do Amapá arrisca dizer que nem na eleição presidencial nem para governador do Amapá haverá algo diferente da polarização que as pesquisas de opinião já projetam.

 

No caso específico do estado amapaense, Heyder Barata acredita que a disputa pela sucessão de Waldez Góes já se polarizou entre dois nomes: o ex-prefeito de Macapá, Clécio Luís, (Solidariedade) e o atual vice-governador, empresário Jaime Nunes. A nível nacional, ele aposta num embate entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex presidente Luís Inácio Lula da Silva.

 

Heyder Barata é consultor em marketing político e estrategista eleitoral.

Para ele, existia uma grande expectativa da participação do senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) na corrida ao Palácio do Setentrião, fato que acabou não se consumando. “Não vejo essa possibilidade [de uma terceira via] pela demora na construção de uma nova narrativa, uma construção política que pudesse chamar a atenção do eleitor para uma candidatura alternativa”, avalia Barata.

 

Em relação ao chamado “fator Randolfe”, o especialista diz ver com bons olhos o nome apresentado pelo parlamentar para sucedê-lo no projeto de disputar a eleição majoritária ao Poder Executivo, mas que embora acredite ser Lucas Abraão uma jovem e promissora liderança, com uma retórica forte e qualificada, mas ainda desconhecido no estado. “Faltou uma pré-campanha para torná-lo popular, apesar de que poderá dar seu recado na campanha e tentar viabilizar o projeto, como todo candidato”, pondera.

 

Senado Federal

A pedido da reportagem, o especialista também discorreu sobre a segunda eleição majoritária mais importante deste ano para os amapaenses, a disputa pela única cadeira a ser renovada em outubro, a de senador da República. Para ele, existem muitos nomes colocados como pré-candidatos, mas que se isso prevalecer, só aumenta as chances do atual senador Davi Alcolumbre (DEM/AP) renovar seu mandato. “Quanto maior o número de candidatos ao Senado, melhora o cenário para a reeleição de Alcolumbre, portanto, é um jogo de xadrez que poderá contar com outras mexidas nesse tabuleiro, como a entrada da primeira-dama de Macapá, a médica Rayssa Furlan”, completa Heyder Barata.


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