“O que me diferencia é a forma de conduzir e articular. A minha vida inteira juntei pessoas”, diz Josiel

Railana Pantoja
Da Redação

 

Sexto participante da rodada de entrevistas do programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM), o candidato Josiel Alcolumbre (DEM) e a vice Silvana Vedovelli (Avante) defenderam na manhã desta segunda-feira (26) propostas de governo para Macapá nas Eleições 2020.
José Samuel Alcolumbre Tobélem, de 47 anos, mais conhecido como Josiel, é filho de Samuel Tobélem e Júlia Alcolumbre. Tem 4 irmãos, sendo um deles o presidente do senado, Davi Alcolumbre, e uma irmã. Aos 14 anos assumiu responsabilidades de trabalho com os pais e aos 16 foi emancipado, dando início à vida como empresário.
Josiel é casado há 25 anos com Lene Tobélem, com quem tem uma filha, Raquel. É jornalista, filiado ao Democratas (DEM) desde 2010, preside o Diretório Municipal do partido em Macapá e é primeiro suplente de senador desde 2014.

Diário – O que o senhor pensa em implantar para melhorar a educação municipal?
Josiel – Todas as escolas de Macapá foram reformadas, novas foram construídas na gestão Clécio e nós vamos, a partir do ano que vem, aumentar a quantidade de escolas em áreas mais distantes, aproximando o cidadão da educação de seus filhos. Vamos poder usar o recurso do Fundeb, que passa de 10 para 15%, aumentando em 50% os repasses de recursos da educação. Isso vai garantir que a gente pague as progressões, os direitos trabalhistas dos servidores da educação e vai permitir que possamos fazer novos concursos públicos, bem como chamar os habilitados do concurso de 2019.

Diário – Como ampliar a geração de empregos em Macapá?
Josiel – Da mesma forma que o Clécio vem fazendo. Hoje, pela primeira vez, Macapá tem mais de 80 obras acontecendo simultaneamente. Essas obras são grandes geradoras de emprego que a cidade tem atualmente, geram mais de cinco mil empregos diretos e indiretos. Vamos manter e fortalecer a busca de recursos federais para que a gente possa intensificar obras de setores com problemas históricos. Vamos criar, por exemplo, a rodovia do Goiabal, que vai interligar a Duca Serra com a JK. Isso é um investimento de quase R$ 30 milhões e só seria possível pela força que temos em Brasília, e assim gerar emprego, renda e um legado pra população.

Diário – Muitos empreendedores informais relatam dificuldades com a parte burocrática de regularização. Como resolver esse problema?
Josiel – A única forma de diminuir essa burocracia é com tecnologia. Vamos investir em muitos recursos que vamos captar com o Governo Federal, obviamente, em tecnologia da informação e buscar soluções locais, pois temos muita gente desenvolvendo start-ups e outras ferramentas. Vamos comprar essas tecnologias tucujus e usar isso para dar transparência, além de fazer convergência de processos. Os setores da Prefeitura precisam se conversar internamente. Quando um cidadão entrar com protocolo para regularizar um alvará de funcionamento, por exemplo, vai ter na palma da mão o acompanhamento de qual setor está. Isso vai diminuir o tempo, porque todo mundo vai saber que está na mesa de alguém. A gestão do Clécio já digitalizou quase 100%, a partir do ano que vem praticamente não teremos papel na parte burocrática e isso vai facilitar, dar transparência ao andamento desses processos.

Diário – Quais suas políticas para habitação na capital, considerando que Macapá concentra 70% dos domicílios em áreas de ressaca e invasões?
Josiel – Em Macapá, como nós já temos recursos vindos da União para fazer casas populares, vamos desenvolver um programa específico de habitação popular. Vamos direcionar um recurso para regularização fundiária dos imóveis e lotes urbanos. Hoje Macapá tem aproximadamente 100 mil lotes que não são regularizados, ou seja, o cidadão vive no lote, tem a posse, está lá a vida inteira, mas não é regular. Nós vamos ofertar condições vantajosas para que ele [cidadão] possa adquirir o lote, com base no georreferenciamento que está sendo concluído agora pela Prefeitura.

Diário – A pandemia mostrou a importância dos agentes de saúde e profissionais da Estratégia de Saúde da Família. O que fazer para garantir o efetivo elo entre serviço público e o cidadão que depende dessa assistência?
Silvana – Está no nosso plano de governo a reestruturação do Núcleo de Saúde da Família, principalmente a melhoria salarial desses servidores que estão no dia a dia, de casa em casa. Foi realizado um concurso público, então, nós ainda temos agentes comunitários de saúde para serem chamados. Também faremos a territorialização do espaço, para que a gente possa verificar usuários que necessitam do atendimento e vejamos onde eu tenho mais hipertensão, diabetes, por exemplo; e assim a gente faça a regionalização desses servidores. A atenção básica do município foi reestruturada, quando assumimos não tinha sequer água nas Unidades, e nós reorganizamos. Demos o passo de construir o nosso Centro de Reabilitação de média complexidade e especialidades odontológicas, então, vamos avançar também na média complexidade através da criação da nossa policlínica, que vai ofertar exames de imagem, eletrocardiograma e consultas com especialistas.

Diário – Macapá é ausente de ciclovias. Qual sua proposta para melhorar o trânsito de ciclistas na capital?
Josiel – Temos o programa chamado “Macapá vai de bike”, com ele pretendemos estender as ciclovias para os bairros mais afastados. 17% dos cidadãos de Macapá se locomovem todos os dias usando bicicleta. Aqueles grupos de ciclistas que vemos na orla ou indo até a Fazendinha, por exemplo, não são a regra. Na verdade, a gente usa como forma de desestressar, ter condicionamento físico; mas o cidadão comum, que precisa ir trabalhar todos os dias, vai ao supermercado, visita a família, esse utiliza a bicicleta pra se locomover mesmo. O “Macapá vai de bike” vai encurtar essas distâncias dando segurança aos ciclistas.

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