Política

OAB propõe criação do Tribunal Regional do Trabalho do Amapá em encontro com senador Randolfe

Iniciativa tem apoio integral da bancada do Conselho Federal, da ESA, da Caixa de Assistência e das entidades de classe da advocacia amapaense; pauta inclui agenda de infraestrutura para nova fronteira energética do estado


 

Em reunião histórica realizada em 20 de outubro de 2025, o presidente da OAB Amapá, Israel da Graça, acompanhado dos conselheiros federais Valdetário Andrade Monteiro e José Luiz Wagner, apresentou ao senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso Nacional e senador pelo Amapá, a proposta de criação do Tribunal Regional do Trabalho do Amapá (TRT-AP).

 

Atualmente, os processos trabalhistas do Amapá são julgados pelo TRT da 8ª Região, sediado no Pará. A OAB defende a autonomia jurisdicional do estado à luz do ciclo econômico que se abre com a exploração de petróleo e a expansão do setor de serviços, logística e construção.

 

Segundo Valdetário Andrade Monteiro, “a criação de um tribunal próprio representa um avanço civilizatório para a advocacia e para a sociedade amapaense, que passam a ter uma Justiça do Trabalho mais próxima, mais célere e compatível com a nova realidade econômica do estado”.

 

O senador Randolfe Rodrigues manifestou apoio integral: “O TRT do Pará enfrenta sobrecarga expressiva de processos. O Amapá reúne requisitos técnicos, econômicos e jurídicos para a instalação de um tribunal autônomo. Apoiarei essa proposta no Senado Federal”.

 

Infraestrutura para um novo ciclo produtivo

A comitiva levou ao senador a leitura de que o petróleo não é um fim em si, mas o gatilho de uma cadeia de investimentos que exige planejamento no futuro recente. Para capturar os benefícios e mitigar riscos, o Amapá precisará:

  • Logística portuária e retroportuária: áreas de apoio offshore, pátios, armazéns, serviços de manutenção e suprimentos;
  • Conectividade terrestre e aeroportuária: vias de escoamento, reforço de terminais de carga e mobilidade urbana para absorver novos fluxos;
  • Energia e gás: infraestrutura para processamento, distribuição e integração ao sistema elétrico;
  • Habitação e serviços urbanos: expansão ordenada de moradia, saneamento e saúde nas cidades que receberão trabalhadores;
  • Formação de mão de obra: qualificação técnica e jurídica (ESA/AP), segurança do trabalho e cultura de compliance;
  • Governança ambiental e social: licenciamento rigoroso, transparência e diálogo com comunidades.

 

Nesse contexto, um TRT instalado no Amapá é peça de segurança jurídica: reduz custos de transação, dá resposta célere a conflitos trabalhistas complexos (cadeias de terceirização, regimes offshore, segurança e saúde do trabalho) e previne litígios por meio de jurisprudência especializada e próxima da realidade local.

 

Israel da Graça enfatizou convergência institucional

“Esta é uma conquista que nasce da advocacia e é construída coletivamente. Temos o apoio integral da diretoria da OAB Amapá, da nossa bancada no Conselho Federal, da Escola Superior de Advocacia, da Caixa de Assistência dos Advogados, da Abracrim e das demais entidades de classe. Toda a advocacia está unida para que o Amapá planeje, desde já, a infraestrutura e a segurança jurídica desse novo ciclo”, disse o presidente.

 

O conselheiro federal José Luiz Wagner reforçou: “O apoio é total, técnico e político. Em sintonia com o Conselho Federal, a ESA e a CAA/AP, defendemos um TRT-AP capaz de dar previsibilidade às relações de trabalho no ambiente de petróleo, logística e construção, valorizando a advocacia e protegendo trabalhadores e empresas”.

 

A proposta conta com o apoio institucional do Conselho Federal da OAB, da Seccional da OAB Amapá, da Escola Superior de Advocacia (ESA/AP), da Caixa de Assistência dos Advogados do Amapá (CAA/AP) e das principais associações jurídicas e sindicais, como a Abracrim, além de entidades representativas de empregadores e trabalhadores. O objetivo é formar um consenso jurídico e social para que o Amapá avance simultaneamente em infraestrutura e em capacidade jurisdicional trabalhista. “Estamos lançando as bases de um tribunal que fará justiça à grandeza do Amapá e à dedicação dos nossos advogados”, concluiu Israel da Graça.

 


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