Ofirney Sadalla, que pode sofrer processo de impeachment, diz que prefere renunciar ao cargo a ser corrupto
Declaração foi feita pelo prefeito de Santana nas redes sociais em resposta à pressão feita por vereadores, que aprovaram por 7 votos a criação de uma comissão processante para apurar suposto crime de improbidade por ele ainda não ter apresentado a LDO.

Após ter sido aprovada por 7 votos a 6 pela Câmara Municipal de Santana a criação de uma comissão processante para investigar suposto crime de improbidade administrativa pela não apresentação no prazo legal da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do município, o prefeito Ofirney Sadala (PHS) criticou duramente a decisão dos vereadores.
No áudio divulgado nas redes sociais, que também foi veiculado na manhã desta sexta-feira (27) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), o prefeito confirmou que ainda não enviou a LDO para a Câmara, mas garantiu que o prazo só encerra na próxima segunda-feira (30). Ele também afirmou que é necessário separar atos de corrupção da atividade administrativa e que entre ser corrupto e renunciar, prefere a renúncia.
“Temos que ter cuidado e separar a corrupção. Não houve nenhum descumprimento de prazo, porque todos os municípios encaminham a LDO até o dia 30 de abril; a Câmara sabe disso. Eles queriam criar um fato político, mas se for para o prefeito se Santana virar corrupto eu renuncio. O Brasil mudou, todos têm que entender isso”, desabafou.
Comissão Processante
Nesta quinta-feira (26) a Câmara aprovou por 7 votos a 6, a Câmara de Vereadores de Santana aprovou a criação de uma comissão processante para apurar um suposto crime de improbidade administrativa cometido pelo prefeito. A representação teria sido feita por um morador de Santana, sob a alegação que Sadala não teria apresentado a LDO, que é a base do orçamento anual do município.
Inicialmente previsto para ser votado na última terça-feira (24), o requerido foi, mas não houve quorum porque os vereadores da base do prefeito se retiraram da sessão. Mas nesta quinta-feira a proposta foi aprovada.
O primeiro ato do relator da comissão, vereador Anderson Almeida (DEM), que poderá resultar em processo de impeachment se a denúncia for confirmada, será notificar o prefeito para que ele apresente defesa no prazo de 15 dias. Após a apresentação da defesa, Ofirney Sadala poderá se afastado do mandato até o final da investigação.
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