Para Fátima Pelaes, cultura machista incentiva a violência doméstica
Equipe do programa Togas&Becas presta homenagem à primeira amapaense a ocupar cargo no primeiro escalão do governo federal
A secretária nacional de políticas para as mulheres, Fátima Pelaes, foi homenageada na manhã desse sábado, 6, pela bancada e convidados do programa Togas&Becas (DiárioFM 90.9) – constituída em totalidade por homens – por sua atuação à frente do órgão e por ser a primeira amapaense a ocupar cargo no primeiro escalão do governo federal. Questionada sobre o aumento do registro em todo o país de casos violência doméstica, Fátima Pelaes atribuiu à disposição das mulheres denunciarem as agressões. Segundo ela, a principal motivação da violência contra as mulheres é o que chamou de “cultura machista”, em que se é pregada a superioridade masculina.
“Temos uma lei (Lei Maria da Penha) que de fato garante proteção à mulher, mas temos que trabalhar muito na raiz do problema e acabar com cultura da superioridade masculina, que gera o estigma da violência; com foco nisso estamos desenvolvendo ações muito fortes em todo o país; na próxima semana, por exemplo, estarei em Belém (PA) para conhecer, com o objetivo de reforçar, o trabalho que está sendo desenvolvido pela doutora Lucimary (Promotora de Justiça), estive no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que realiza um trabalho muito forte nesse sentido, e no Tribunal de Justiça do Amapá, onde iniciei tratativas com a presidente, desembargadora Sueli Pini; temos que intensificar – e é isso que estamos fazendo – essas ações, principalmente com o objetivo de desconstruir a cultura da superioridade masculina”, pontuou a secretária.
Deputada federal recordista de mandatos no Amapá – no total, cinco – Fátima Pelaes ficou emocionada com referências elogiosas à sua atuação como parlamentar e à frente da secretaria, em especial à citação feita pelo advogado e radialista Carlos Lobato sobre a sua origem: “A deputada Fátima Pelaes entra para a história como a primeira amapaense a ocupar cargo com status de ministério (Carlos lobato); como jornalista me sinto envaidecido; eu sei que o que vou falar agora vai emocionar a ministra, mas Fatima foi gerada dentro de uma penitenciária com a mãe vitima de estupro; a senhora, deputada, tem esse mister de ser o soldado mais avançado na defesa e proteção da mulher”.
Ex deputado federal e senador, Paulo Guerra também elogiou a secretária: “Alio-me às palavras do Carlos Lobato, pois é motivo de orgulho e satisfação constatar que é do Amapá que ecoa esse grito mais acentuado em favor das mulheres. A competência e a força de trabalho que ela tem com certeza vai viabilizar a criação de mecanismos para que tenhamos uma sociedade cada vez mais justa e menos violenta, porque devemos ter afeto, carinho e respeito à mulher”, pregou.
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